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Uma em cada três crianças e adolescentes no mundo é míope, diz estudo

Pesquisa chinesa mostra que, até 2050, 740 milhões de novos casos de miopia devem ser diagnosticados em crianças e adolescentes

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Imagem mostra uma criança pequena, de pele branca, passando por um exame de vista com um óculos cheio de medições - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra uma criança pequena, de pele branca, passando por um exame de vista com um óculos cheio de medições - Metrópoles - Foto: GettyImages

Um estudo publicado nessa terça-feira (24/9) mostra que, hoje, uma a cada três crianças e adolescentes no mundo tem miopia. Até 2050, devem ser 740 milhões de novos casos em pessoas entre 5 e 19 anos.

O levantamento, feito por cientistas da Universidade de Sun Yat-Sen, na China, e publicado na revista científica British Journal of Ophthalmology, aponta ainda que países de baixa e média renda têm a maior quantidade de míopes – uma das explicações é a exposição das crianças a telas cada vez mais cedo.

“Foi observada uma correlação entre a duração da educação e a ocorrência de miopia, sugerindo que a implementação precoce da educação formal em certas nações do Leste Asiático poderia potencialmente servir como um elemento contribuinte. Por outro lado, as populações africanas apresentam uma menor prevalência de miopia, provavelmente atribuída às menores taxas de alfabetização e ao início tardio da educação formal, ocorrendo normalmente entre 6 e 8 anos para a maioria das crianças”, sugerem os autores.

Segundo o estudo, os principais fatores para ter miopia enquanto criança ou adolescente são viver no Leste da Ásia (35%), ou em áreas urbanas (29%), ser do sexo feminino (34%) e estar no ensino secundário (46%). Foram analisados 276 estudos que envolveram mais de 5 milhões de crianças, sendo que 2 milhões delas tinham a condição.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sugerem que, para evitar que as crianças desenvolvam miopia precocemente os pais devem encorajá-las a olhar para o horizonte e a brincar na rua ou em casa.

As instituições sugerem que o acesso às telas só seja disponibilizado a partir dos dois anos de idade e, aos 5 anos de idade, o tempo máximo aconselhado é de uma hora por dia. Para crianças entre 6 e 10 anos, o limite é de duas horas diárias, e adolescentes podem ficar até três horas em frente a uma tela.

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