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Com queda em carnes e óleo, preço dos alimentos desacelera em maio

Desaceleração nos custos dos alimentos impulsionou resultado melhor que o esperado da inflação

atualizado

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Mercados devem ser os mais atingidos pela nova regra que dificulta trabalho aos domingos e feriados.
1 de 1 Mercados devem ser os mais atingidos pela nova regra que dificulta trabalho aos domingos e feriados. - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O resultado abaixo das expectativas da inflação em maio foi puxado principalmente pela desaceleração nos custos da alimentação, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, foram divulgados nesta quarta-feira (7/6). Em maio, a inflação ficou em 0,23%, com desaceleração frente ao resultado do mês anterior e abaixo das expectativas do mercado.

O IBGE aponta que os alimentos foram responsáveis por impactar a desaceleração vista no IPCA. O grupo “Alimentação e bebidas” passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio. Assim, o impacto no índice caiu de 0,15 p.p. para 0,04 p.p.

“Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”, disse em nota André Almeida, analista da pesquisa do IPCA no IBGE.

O destaque foi a alimentação em domicílio, que foi de alta de 0,73% em abril para estabilidade em maio. As principais quedas foram no preço das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).

Já as altas vieram da do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%). Almeida aponta que tomate e leite tiveram “aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”.

Como o Metrópoles mostrou, a queda nos preços do boi gordo e de grãos no mercado internacional devem levar a um repasse dos custos menores para o consumidor no mercado interno. A expectativa é que carnes e óleos sigam caindo de preço até o fim do ano.

Inflação desacelera

Com a alta de 0,23% em maio, a inflação acumulada em 12 meses no IPCA ficou em 3,94%. O resultado representou a terceira desaceleração seguida no índice, que vem ficando menor desde fevereiro. Em abril, o IPCA havia subido 0,61%, após alta de 0,71% em março e 0,84% em fevereiro.

Ao todo, sete dos nove grupos de preços pesquisados pelo IBGE registraram variação positiva entre abril e maio.

A maior alta veio do grupo “Saúde e cuidados pessoais”, que subiu 0,93%. Segundo o IBGE, o grupo segue tendo impacto do reajuste de medicamentos autorizado pelo regulador há dois meses, além de altas nos planos de saúde (que subiram 1,2% em maio).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados em maio

  • Índice Geral 0,23%
  • Saúde e cuidados pessoais 0,93%
  • Habitação 0,67%
  • Despesas pessoais 0,64%
  • Vestuário 0,47%
  • Comunicação 0,21%
  • Alimentação e bebidas 0,16%
  • Educação 0,05%
  • Artigos de residência -0,23%
  • Transportes -0,57%

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