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Cidades da Europa registram manifestações contra Bolsonaro

Manifestações contra o presidente ocorrem em Amsterdã, Berlim, Dublin, Lisboa e Londres

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília. - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Várias cidades europeias, como Berlim, Londres e Lisboa, tiveram, neste sábado (19/6), protestos contra o governo e a gestão de  Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia de Covid-19.

Os protestos foram organizados no contexto das manifestações nacionais convocadas por movimentos de oposição a Bolsonaro, que tentam reavivar a pauta do impeachment no Brasil.

Na Europa, até o final da tarde, já haviam sido registradas manifestações em Amsterdã (Holanda), Berlim (Alemanha), Dublin (Irlanda), Lisboa (Portugal), Londres (Reino Unido), Madri (Espanha), Viena (Áustria) e Zurique (Suíça).

Ao total, mais de 20 cidades europeias têm atos programados para este sábado.

É a segunda vez que a oposição vai às ruas após mais de um ano de “trégua” forçada devido à pandemia. Na primeira, em 29 de maio, o comparecimento surpreendeu os próprios organizadores.

As manifestações ocorrem em momento em que a Covid-19 voltou a avançar com força no país. Na sexta-feira (18/6), foram 2.495 mortes e mais de 98 mil casos da doença. No total, já são mais de 498 mil óbitos confirmados no Brasil, que se aproxima da trágica cifra de meio milhão de vítimas.

Em Berlim, apelo ao tribunal de Haia

Em Berlim, cerca de 50 pessoas se reuniram em frente ao Portão de Brandemburgo, principal cartão postal da cidade, para protestar sob uma temperatura de 33 graus.

Os cartazes pediam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, reivindicavam vacinas contra a Covid-19 e denunciavam a violência contra os povos indígenas.

Os manifestantes também trouxeram cruzem com nomes de diversos estados brasileiros, simbolizando os quase 500 mil mortos por Covid-19 no Brasil. O protesto na Alemanha foi organizado pelo coletivo Luta Contra o Fascismo no Brasil, em atividade desde o ano passado.

Edleuza Peixoto, fundadora do coletivo, avaliou o protesto em Berlim de forma positiva. “Só o povo tem essa força de derrubar [Bolsonaro]. Não vai ser o parlamento que vai derrubá-lo. Nós é que vamos fazer isso, é a nossa obrigação”, disse ela.

“Queremos justiça, chamar a atenção do Tribunal Internacional em Haia para que Bolsonaro seja julgado. […] Ele tem que ser freado de todos os jeitos, porque ele não é uma ameaça só para o Brasil, ele é uma ameaça para o mundo”, continuou.

Berlim não foi a única cidade alemã a integrar os protestos de 19 de junho contra o governo. Colônia, Frankfurt, Leipzig e Munique também organizaram atos para este sábado.

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