Haiti pede ajuda militar de EUA e ONU após assassinato de presidente
EUA confirmaram envio de agentes do FBI para auxiliar investigações. Jovenel Moïse foi assassinado em casa
atualizado
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Em decorrência do assassinato do presidente Jovenel Moïse, que ocorreu na madrugada da última quarta-feira (7/7), o governo interino do Haiti solicitou apoio de tropas dos Estados Unidos e da Organização das Nações Unidas (ONU), na sexta-feira (9/7), para proteger locais estratégicos, como portos e aeroportos.
“Acreditamos que os mercenários possam destruir algumas infraestruturas para criar o caos. Fizemos esse pedido durante uma conversa com o secretário de Estado norte-americano [Antony Blinken] e com a ONU”, informou à agência AFP o ministro de Assuntos Eleitorais do Haiti, Mathias Pierre.
Segundo a polícia local, o comando responsável pelo assassinato de Moïse era formado por 26 colombianos e dois norte-americanos de origem haitiana. Até o momento, 17 foram presos, três morreram em confrontos com as forças de segurança e oito estão foragidos. Ainda não se sabe, no entanto, quem foi o mandante do homicídio.
A primeira-dama, Martine Moïse, de 47 anos, foi ferida no ataque, mas recebeu cuidados médicos e sobreviveu.
Embora tenha confirmado o envio de agentes do FBI para ajudar nas investigações, o governo dos Estados Unidos não sinalizou que irá enviar militares para o Haiti. Por sua vez, a ONU também não se pronunciou publicamente quanto à solicitação, pois o envio de “capacetes azuis” depende de aval do Conselho de Segurança.
Autoridades do país alegam ter frustrado uma “tentativa de golpe” de Estado anterior ao assassinato do presidente, que já havia sido alvo de um atentado mal sucedido em fevereiro, segundo informaram. Mais de 20 pessoas foram presas na ocasião, inclusive um juiz federal do Tribunal de Cassação e uma inspetora geral da Polícia Nacional.