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Verão: saiba por que os vinhos rosés são ótimos para o calor

No meio do caminho entre tintos e brancos, eles combinam com vários tipos de comida e devem ser consumidos jovens

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As altas temperaturas já estão fazendo a gente querer consumir comidas e bebidas mais leves e devo dizer que eu amo combinar a temporada de verão com vinhos rosés. Aliás, eles têm me acompanhado o ano inteiro, tendo em vista que, aqui no Planalto Central, pouco temos frio. Embora o nosso clima combine bastante com este tipo de vinho, ele ainda sofre um certo preconceito, tadinho. O fato é que nós brasileiros ainda preferimos os tintos, assim como boa parte do mundo.

Mas vou dizer uma coisa: o rosé tem algumas vantagens que me atraem. Primeiramente, o preço de rótulos muito honestos costumam ser mais baixos que o dos tintos de mesma qualidade. A cor também é um atrativo para mim. Você sabia que, de acordo com um estudo realizado na região da Provence, foram encontradas mais de 20 tonalidades? Eu gosto das mais delicadas, acho muito chique, por sinal.

Outra vantagem é que os rosés combinam com uma boa diversidade de pratos, de saladas à comida japonesa, passando por paellas, receitas com frutos do mar, tábuas de queijos e embutidos. E como comecei falando sobre temperatura, é possível tomá-los um pouquinho mais refrescados sem que isso interfira na percepção do sabor.

Os primeiros a descobrirem os encantos dos rosés foram os franceses. Este tipo de vinho nasceu na região da Provence, no sudeste da França. Mais do que vinhedos, o lugar reserva aos visitantes praias banhadas pelo Mar Mediterrâneo. Você acha chique as cidades de Saint-Tropez e Cannes? Pois é nesses dois ícones do turismo mundial que o consumo dos rosados bomba não somente no verão como também na primavera. Embora a Provence seja o berço dos rosés, é possível encontrar excelentes produtos também nas regiões francesas do Rhône, Languedoc, Vale do Loire, Bordeaux e Borgonha. Países como Itália, Espanha, Portugal, Chile e Brasil também se dedicam a produzir este tipo de vinho e têm bons rótulos.

Como são feitos os rosés

Muita gente pensa que os vinhos rosés são o resultado de uma mistura de tintos e brancos já prontos. Este tipo de produção até existe, mas é proibida na Europa. Todavia, é utilizada por alguns produtores no resto do mundo.

A forma mais comum usada para a elaboração destes vinhos é a maceração de uvas tintas. Na Provence, as mais comuns são a Grenache, a Mouvedre e a Cinsault. Em outros países se usa também Touriga Nacional, Merlot, Pinot Noir, Tempranillo, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon.

No método de prensagem direta, elas são levemente amassadas e o líquido resultante segue para a fermentação já sem as cascas. Em geral, os vinhos resultantes têm nuances rosadas mais delicadas. Já pelo processo de maceração, o líquido permanece em contato com cascas por algumas horas e a cor resultante vai depender do tempo e do tipo de uva, tendo em vista que as diferentes variedades não desprendem na mesma intensidade as partículas responsáveis pela pigmentação.

Chamada de sangria, a outra maneira de se produzir rosés consiste em retirar parte do mosto durante a produção dos vinhos tintos, pouco depois do início da fermentação, ou seja, da conversão do açúcar em álcool. Em seguida, o líquido continua o seu processo sem o contato com as borras e cascas.

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Os rosés combinam com uma boa diversidade de pratos, de saladas à comida japonesa, passando por paellas, receitas com frutos do mar, tábuas de queijos e embutidos
Países como Itália, Espanha, Portugal, Chile e Brasil também se dedicam a produzir este tipo de vinho e têm bons rótulos
De acordo com um estudo realizado na região da Provence, foram encontradas mais de 20 tonalidades de rosado nos vinhos
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Os primeiros a descobrirem os encantos dos rosés foram os franceses. Este tipo de vinho nasceu na região da Provence, no sudeste da França

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Os rosés combinam com uma boa diversidade de pratos, de saladas à comida japonesa, passando por paellas, receitas com frutos do mar, tábuas de queijos e embutidos

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Países como Itália, Espanha, Portugal, Chile e Brasil também se dedicam a produzir este tipo de vinho e têm bons rótulos

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De acordo com um estudo realizado na região da Provence, foram encontradas mais de 20 tonalidades de rosado nos vinhos

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Características de aroma e paladar

Os vinhos rosés se apresentam mais delicados, leves e frescos, tanto no nariz como na boca. Como têm pouco contato com as casas das uvas, apresentam uma adstringência bem mais leve, assim como menos estrutura e complexidade que os tintos. Os aromas podem ser bem frutados, remetendo a morangos, ameixas, cerejas e pêssegos. Por vezes, apresentam notas herbáceas, a depender das uvas com que foram produzidas.

Podem ser bebidos numa temperatura mais baixa, de 6ºC a 8ºC, assim como os brancos. Para acompanhar, vale crustáceos, polvo, mariscos, peixes brancos, salmão, atum, frutos do mar, aves e suínos. Queijos e embutidos também vão bem porque equilibram a acidez do vinho com a gordura. Há quem diga que ficam ótimos com feijoada pelo mesmo motivo. Eu também gosto de harmonizar os mais delicados com sushi.

Ah, uma última dica é sobre a compra. Os rosés precisam ser límpidos, então evite os que não estiverem assim. E não invista em rótulos de safras muito antigas.

Para mais dicas de gastronomia, siga @lucianabarbo no Instagram.

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