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Marie Cuisine é novo restaurante franco-italiano inaugurado na Asa Sul

Confira as minhas primeiras impressões sobre a casa que acaba de abrir as portas na quadra 103 Sul

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Foto: Luciana Barbo
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Quem passou pela comercial da 103 Sul nos últimos dias, provavelmente percebeu a movimentação em torno do Marie Cuisine, restaurante franco-italiano que ocupa a loja da ponta inferior da quadra, virada para os eixos rodoviários. Quem não percebeu, precisa consultar um oftalmologista, porque o local é imponente e chama a atenção não somente pelo letreiro como também pela varanda e bar aberto pelo lado de fora. Em tempos de pandemia, quem dispensa um lugar ao ar livre para comer e beber, não é mesmo? Eu fui lá conferir e compartilho aqui as minhas primeiras impressões sobre o projeto.

Pois bem. A casa faz parte do grupo Famiglia Papà, que tem ainda o Papà Cucina, no Gilberto Salomão, e o Babbo Osteria, no Terraço Shopping. No comando das operações está Carlos Rodrigues, que passou 13 anos no grupo Fasano e alguns outros no ‘A Mano, antes de fundar os próprios negócios. Para o projeto, que leva o nome de sua filha, ele convocou o chef Pety (ex-Gero), que desenvolveu a parte italiana do menu, e Marcílio Araújo (ex-Le Vin), um expert em cozinha francesa, que vive em São Paulo, mas deixa por aqui o seu fiel escudeiro Manoel Mendonça”.

Assina a ambientação a arquiteta Priscila Machado, que transformou a “esquina da comercial” num restaurante com cara de bistrô, com 12o lugares, utilizando elementos muito próprios deste estilo, como as cortininhas em bege, algumas paredes pintadas em tom de vinho e os ladrilhos hidráulicos.

Na parte traseira da loja há um certo tom de rusticidade sofisticada, meio provençal meio Toscana, inclusive pelo pergolado que foi construído em material metálico, ornamentado com plantas trepadeiras. Acho que vai ser o ambiente mais concorrido e fotografado pelo público, especialmente na época da seca. Já na parte frontal da casa, o que chama a atenção é o bar, com bancos altos. Me pareceu bastante agradável como local de espera e até mesmo para um happy hour após o trabalho.

O menu

Conforme prometido pelo chef Marcílio Araújo, o menu francês guarda clássicos interessantes desde as entradas. São exemplo, a terrine de foie gras servida com chutney de figo e brioche (R$ 129), o steak tartar, servido com batata rústica (R$ 69); o vinagrete de polvo com tutano escoltado por baguete (R$ 73) e o suflê (R$ 63) que muda de sabor a cada dia.

Deixei para provar este último outro dia (amo suflê) e preferi ir na bisque (R$ 63). Tradicionalmente, esta sopa é elaborada com cascas de crustáceos, vinho branco e, ao fim do processo, é engrossada com creme de leite fresco. O resultado é um sabor bastante intenso. Na versão do Marie, é enriquecida com abóbora e chega à mesa ornamentada com um lagostim. Achei a porção de bom tamanho, a textura do creme bastante aveludada e lisa. O sabor merecia um toque a mais de frutos do mar para fazer jus ao nome. Fiz esta observação à casa e tenho a certeza de que vão ajustar logo. Provarei de novo porque sou aficionada por sopa, especialmente por bisque.

A parte mais italiana das entradas guarda opções como o carpaccio de filé com molho de mostarda Dijon, rúcula e parmesão (R$ 71), bruschetta de pepperoni com figo e queijo de cabra (R$ 53), focaccia recheada com queijo brie, presunto parma e mel trufado(R$ 59) e a burrata assada, envolvida em massa de sêmola , com molho napolitano e pesto (R$ 73).

Depois destas, o menu apresenta os primeiros pratos, que podem ser de massas longas ou recheadas, elaboradas na própria casa, assim como arrozes ou nhoques. Neste último, uma opção é a preparada com batata baroa ao molho cremoso de cogumelos morriles, cubinhos de filé e trufas negras (R$ 99).

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O cassoulet (R$ 98): este prato é um dos meus favoritos da vida, porque é quentinho, cheio de sabores defumados e acalma o estômago de um jeito muito especial. No Marie, o cozido de feijão branco vem com costelinha de leitoa, linguiça fresca e pato desfiado por cima. A porção é generosa e o sabor está à altura dos melhores que já comi
A confeitaria da casa é comandada pela chef Lili Araújo, que também assina as sobremesas dos outros restaurantes do grupo. A apresentação é uma marca registrada de seu trabalho, assim como a delicadeza dos doces
Assina a ambientação a arquiteta Priscila Machado, que transformou a “esquina da comercial” num restaurante com cara de bistrô, com 12o lugares
Carlos Rodrigues
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A bisque da casa (R$ 63). Tradicionalmente, esta sopa é elaborada com cascas de crustáceos, vinho branco e, ao fim do processo, é engrossada com creme de leite fresco. O resultado é um sabor bastante intenso

Foto: Luciana Barbo
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O cassoulet (R$ 98): este prato é um dos meus favoritos da vida, porque é quentinho, cheio de sabores defumados e acalma o estômago de um jeito muito especial. No Marie, o cozido de feijão branco vem com costelinha de leitoa, linguiça fresca e pato desfiado por cima. A porção é generosa e o sabor está à altura dos melhores que já comi

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A confeitaria da casa é comandada pela chef Lili Araújo, que também assina as sobremesas dos outros restaurantes do grupo. A apresentação é uma marca registrada de seu trabalho, assim como a delicadeza dos doces

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Assina a ambientação a arquiteta Priscila Machado, que transformou a “esquina da comercial” num restaurante com cara de bistrô, com 12o lugares

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Carlos Rodrigues

@amanorestaurante/Reprodução/Instagram

Principais

Passando para a etapa principal da refeição, não resisti ao cassoulet (R$ 98). Este prato é um dos meus favoritos da vida, porque é quentinho, cheio de sabores defumados e acalma o estômago de um jeito muito especial. No Marie, o cozido de feijão branco vem com costelinha de leitoa, linguiça fresca e pato desfiado por cima. A porção é generosa e o sabor está à altura dos melhores que já comi.

Isso me estimula a voltar à casa, até porque tem muitos pratos que ainda quero provar. Me chamou a atenção o confit de canard (R$ 149), elaborado com pato moulart, o original usado na gastronomia francesa, acompanhado por nhoque de baroa, passado na manteiga de sálvia.

Também me geraram curiosidade o polvo defumado no carvão acompanhado por arroz selvagem e banana da terra à milanesa; as vieiras ao molho de champagne, aspargos e purê de maçã verde (R$ 159) e o contrafilé com molho béarnaise ou poivre vert, e batatas rústicas (R$ 139).

Doces e mais

A confeitaria da casa é comandada pela chef Lili Araújo, que também assina as sobremesas dos outros restaurantes do grupo. A apresentação é uma marca registrada de seu trabalho, assim como a delicadeza dos doces. Provei a pavlova (R$ 49), que estava irretocável com um suspiro muito leve, um creme de iogurte de acidez bastante balanceada e morango frescos. Linda, generosa e com açúcar equilibrado.

Outras opções são a torta de limão, também de apresentação muito bonita; profiterole com sorvete de baunilha e calda de chocolate quente (R$ 44), e os tradicionais crème brûlée (R$ 44), tarte tatin (R$ 43) e petit gâteau com ganache de chocolate belga e sorvete de pistache (R$ 49). Ah, tem ainda crêpe Suzette, flambado no salão como se faz na França. Provarei em breve.

Para acompanhar os pratos, a casa conta com carta de vinhos assinada pela importadora Del Maipo e opções de drinques, cervejas, entre outras bebidas.

Apesar de novíssimo, vejo grande potencial no Marie. Primeiramente pela experiência dos donos, que são especialistas em bem servir. Claro que há alguns ajustes a fazer no atendimento, o que é normal, porque nenhum restaurante nasce pronto. Brasília precisava de mais opções para quem gosta de pratos franceses.

A cozinha tem pontos fortes, profissionais experientes e, à primeira vista, a comida se apresentou gostosa e bem servida, compatível com os valores cobrados. Terceiro ponto é que o ambiente convida a uma estada mais demorada. É aberto, confortável e bem decorado. Desejo vida longa à casa e à menininha linda que estampa o quadro na entrada e que dá nome ao lugar.

Serviço:
Marie Cuisine
CLS 103, bloco A
Telefone: (61) 2411-3437
Funciona de segunda a quinta, das 12h às 16h e das 19h à 0h;sexta e sábado, das 12h às 17h e das 18h à 1h; domingo, das 12h às 17h.
Instagram: @mariecuisinebrasilia

Para mais dicas de gastronomia, siga @lucianabarbo no Instagram.

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