Conheça o Vino, wine bar que quer desmistificar o consumo do vinho
Criada em Curitiba, franquia oferece uma experiência diferenciada em um ambiente moderninho
atualizado
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Eu gosto muito de experimentar vinhos e uma das dificuldades que tenho é a de ter de comprar uma garrafa meio que no escuro para entender se o que está lá dentro é bom ou não. Por isso, achei diferenciada a experiência proposta pelo Vino, wine bar criado em Curitiba que chegou em Brasília há alguns meses.
A ideia da rede é desmistificar o consumo, tornando cada visita às casas uma descoberta diferente. Tanto que o ambiente é bem despojado, com um ar industrial e instagramável. Para escolher o que quer tomar, o cliente não recebe uma carta de vinhos na mesa nem acessa o documento por QR Code. Basta ir até as prateleiras e escolher ali mesmo. As garrafas são sinalizadas com os preços e caso queira tomar apenas uma taça é só dividir o valor estampado por cinco para saber o preço da dose. Para os curiosos, é um bom pretexto para ir até lá.
Em minha visita na última semana, provei o Tormes, um vinho verde português elaborado pela Fundação Eça de Queiroz com as uvas Avesso e Arinto. Com breve repouso em tanque de inox, o rótulo é fresco, tem acidez bem equilibrada e uma leve carbonatação. A taça saiu a R$ 16 e foi uma bela surpresa, até porque eu nem sabia que a fundação do escritor fazia vinhos. Combinou bem com o tartar de salmão com maçã verde e chips de batata doce (R$ 46) e com os queijos brie e ementhal da tábua de frios (R$ 69).
Vale dizer que a casa só consegue oferecer vinhos neste esquema por conta de uma tecnologia que retira todo o oxigênio das garrafas antes de tampa-las. Assim, o líquido restante não oxida e pode ser vendido dias depois sem nenhum prejuízo.
Depois, provei um rosé. O Santalú é um corte de Syrah com Merlot, produzido na Serra Gaúcha pela Quinta Don Bonifácio com a curadoria de Raphael Zanette, um dos sócios do Vino. Vendido com exclusividade na casa, é um exemplar levinho e despretensioso. Quis harmonizar com o Sanduba de Polvo (R$ 59) composto por pão de cevadinha crocante, avocado e vinagrete. Ficou bom, mas o senão foi o tentáculo de polvo que estava duro. Uma pena! Após a primeira mordida, devolvi para a cozinha e não cobraram na conta, pelo menos.
Troquei o polvo pela polenta com creme de cogumelos e ovo mole (R$ 34), que harmonizei com chileno Vistalago Pinot Noir (R$ 34, a taça), da região de Colbún. Novamente o vinho se comportou como o esperado, ressaltando a comida. No entanto, vale uma observação: a polenta poderia estar melhor se tivesse sido hidratada com um bom caldo de legumes e não com água. Mas os cogumelos compensaram.
Mais menu
Afora as minhas escolhas, o cardápio da casa tem outras opções para acompanhar os mais de 200 rótulos de vinhos disponíveis. Em outra ocasião, provei o queijo brie com mel e amêndoas tostadas (R$ 45); a burrata com azeite, flor de sal, tomate cereja, servida com focaccia (R$ 65) e o carpaccio de polvo com vinagrete de pimenta (R$ 49), para começar os trabalhos. Mais adiante, tem uma seleção de risotos, nhoques, massas e arancini.
Ah, tem pizzas também. A massa é elaborada com farinha italiana e fermentação natural de 40 horas. A Caprese vem com passata, tomates cereja, tapenade de azeitona, mozzarella de búfala e rúcula (R$ 49). Já a Toscana tem ainda calabresa moída e manjericão (R$ 49).
Se porventura, o cliente quiser arriscar uma harmonização com doces, as sobremesas passam por torta de chocolate com calda de Nutella (R$ 29), sorvete de coco fresco com geleia artesanal (R$ 25) e torta de maçã com sorvete da casa (R$ 29).
Serviço:
Endereço: CLS 413, Bloco D, Loja 30
Telefone: (61) 99539.5830 / 3328.6320
Funciona de segunda a quinta, das 17h às 23h30; sexta e sábado, das 17h às 0h30
Instagram: @vino.brasilia
Para mais dicas de gastronomia, siga @lucianabarbo no Instagram.