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Comida ao ar livre: passeios são alternativa para descansar a mente

A proposta da Casa da Colina combina com a atual necessidade de termos momentos descontraídos, com segurança e em contato com a natureza

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Foto: Luciana Barbo
casa da colina
1 de 1 casa da colina - Foto: Foto: Luciana Barbo

A utilização de espaços ao ar livre para a promoção de experiências gastronômicas é uma das tendências que ganharam mais força com a pandemia da Covid-19. Por conta da impossibilidade de funcionamento de lugares fechados com a capacidade total, tornou-se necessária a ocupação de calçadas, gramados e até mesmo propriedades particulares, tanto pela adequação às regras sanitárias quanto pela tentativa de sobrevivência dos estabelecimentos de alimentação fora do lar.

Com isso, muitos chefs de cozinha também se viram convidados a criar estratégias alternativas de faturamento, até mesmo fora de seus estabelecimentos e um pouco mais longe da cidade. Utilizando o apelo do contato com a natureza para atrair o público, surgiu o projeto Casa da Colina, de Alexandre Albanese. Após sofrer o baque de dois fechamentos do comércio, ele decidiu colocar em prática um projeto que vinha desenhando há tempos: o de transformar a própria residência em uma experiência diferenciada para quem já aprecia o trabalho que ele desenvolve no restaurante Nossa Cozinha Bistrô (402 Norte).

Há pelo menos cinco anos, o chef vem se dedicando à propriedade, localizada no caminho para Brazlândia. Em 2020, o que era o refúgio para feriados e fins de semana, e palco para a doma de cavalos, virou residência oficial. A varanda e o gramado com vista para um vale lhe deram a ideia de compartilhar o lugar com os clientes do restaurante e pessoas interessadas em vivenciar um passeio à cavalo, antes ou depois de desfrutar de um almoço, preparado com insumos vindos da horta que cultiva no local. “É um espaço para respirar fora dessa confusão toda da cidade. A gente tem ar fresco, distanciamento, cavalos, uma paisagem linda”, contou-me o chef quando estive lá.

A primeira edição do almoço ocorreu no dia 10 de julho com os 25 lugares esgotados e fila de espera. Nesse sábado, dia 31, mais um grupo vai ocupar as mesas na varanda ou embaixo dos pés de manga. Alguns deles poderão se sentar em frente à cozinha aberta, para observar o cozinheiro em ação.

O menu trará salada da horta com vinagrete da Daphne, uma grande amiga do chef. Você já comeu hortaliças recém colhidas da terra? É uma experiência fresca, crocante e diferenciada, garanto. Na parte fria, tem ainda o coleslaw, aquela receita que leva repolho e maionese e que, para mim, tem cara de casa de vó.

Especialidade do chef e receita mais pedida do Nossa Cozinha, a costelinha de porco será assada na lenha e escoltada pelo molho barbecue caseiro que leva várias horas para ficar pronto. Para quem prefere algo mais leve, Albanese vai preparar filé de coxa de frango com manteiga de limão cravo e ervas da horta. Nos acompanhamentos, figuram o purê rústico, arroz do chef e mac & cheese, o macarrão com queijo que todo mundo gosta.

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Preparo da mousse de chocolate servida na casca da tangerina, com molho de morango e limão cravo e uma farofinha bem crocante
A sobremesa é o único preparo que esteve na primeira edição dos almoços do chef
O valor de R$ 240 inclui o dia na Casa da Colina, das 10h às 17h, o almoço, água e refrigerante. As bebidas alcoólicas serão vendidas no local e quem quiser pode levar seu próprio vinho
O menu dispensa o uso de ingredientes caros. É simples, com pegada caseira, para combinar com esse “novo normal” e a necessidade de a gente se conectar com o que mais importa: a natureza e o compartilhamento de momentos de paz
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Chef Alexandre Albanese em ação

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Preparo da mousse de chocolate servida na casca da tangerina, com molho de morango e limão cravo e uma farofinha bem crocante

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A sobremesa é o único preparo que esteve na primeira edição dos almoços do chef

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O valor de R$ 240 inclui o dia na Casa da Colina, das 10h às 17h, o almoço, água e refrigerante. As bebidas alcoólicas serão vendidas no local e quem quiser pode levar seu próprio vinho

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O menu dispensa o uso de ingredientes caros. É simples, com pegada caseira, para combinar com esse “novo normal” e a necessidade de a gente se conectar com o que mais importa: a natureza e o compartilhamento de momentos de paz

Foto: Luciana Barbo

Ao contrário da primeira edição, em que os pratos foram servidos já montados, nesta os comensais poderão escolher o que querem comer e a quantidade de cada preparo. Claro que será exigido o uso da máscara para transitar e abastecer o prato. A única etapa que virá empratada será a mousse de chocolate servida na casca da tangerina, com molho de morango e limão cravo e uma farofinha bem crocante. Este também é o único preparo que esteve na primeira edição. Na ocasião, sugeri ao chef que cozinhasse a casca da tangerina para que ela também pudesse ser degustada e ele prometeu testar a versão. Espero que tenha dado certo a alquimia dos sabores.

Como se pode perceber, o menu dispensa o uso de ingredientes caros. É simples, com pegada caseira, para combinar com esse “novo normal” e a necessidade de a gente se conectar com o que mais importa: a natureza e o compartilhamento de momentos de paz, num lugar para esquecer da ameaça do vírus. Eu fui e recomendo, pelas horas de descanso mental, pela comida bem temperada e com gosto caseiro e pela vontade que senti de voltar sempre. Espero que você também possa desfrutar desta experiência, senão desta vez, em alguma das próximas edições que estão por vir.

Para participar, é preciso fazer reserva de uma das limitadas vagas, mediante pagamento antecipado. O valor de R$ 240 inclui o dia na Casa da Colina, das 10h às 17h, o almoço, água e refrigerante. As bebidas alcoólicas serão vendidas no local e quem quiser pode levar seu próprio vinho, com taxa de rolha a R$ 60 por garrafa. Crianças com idade até 2 anos não pagam, e de 3 a 9 anos pagam R$180. Reservas: (61) 98477-6034.

Para mais dicas e indicações de lugares para comer bem, siga-me no Instagram (@lucianabarbo).

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