Com carnes nobres e ambiente temático, Libertango chega a Brasília
Consagrada em Campos do Jordão (SP), casa tem cortes argentinos de alta qualidade e acompanhamentos diferenciados
atualizado
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Gravada em Milão pelo mestre do tango Astor Piazzolla, em 1974, a música Libertango nomeia a casa de inspiração argentina que já é ponto de encontro de quem ama carnes especiais e visita Campos do Jordão (SP).
Fundado por Jorge e Lucinha Serodio há 13 anos, o restaurante aportou em Brasília em novembro, fruto da parceria entre a família e o advogado Raul Canal. “Queria trazer uma casa diferenciada para a cidade, para virar referência para turistas e moradores daqui”, afirma o sócio local.
O local escolhido para o empreendimento foi a quadra 2 do Setor Hoteleiro Sul, no térreo do Hotel Bonaparte. Virado para a pista de acesso ao Eixo Monumental, o restaurante conta com um estacionamento bem em frente, o que não deixa de ser uma comodidade importante nos dias de hoje. Para quem preferir, há serviço de manobrista.
Estive na casa esta semana para conferir o atendimento e a comida, que é a mesma servida em terras paulistas. Alguns amigos, que frequentam diversos endereços gastronômicos da cidade, já estiveram por lá e me deram indicações positivas. Aliás, esta colaboração é estendida a você, meu leitor assíduo. Sabendo de algum lugar imperdível, não deixe de me contar.
Pois bem. Gostei do ambiente, que tem um quê de rústico e conversa bem com o estilo das casas de parrilla espalhadas pela Argentina. Vale dizer que o atendimento é bastante atencioso e cordial, do manobrista aos atendentes.
Para empezar
A primeira indicação que segui foi a das empanadas. Produzidas em São Paulo por um argentino, elas chegam por aqui pré-assadas e demoram de 10 a 15 minutinhos para chegar à mesa. A espera vale. Pedi a de carne com passas (R$ 14,90), que é bem tradicional em Buenos Aires. A massa é delicada, fininha e nem de longe seca por fora.
Já o recheio vem abundante, sem miséria mesmo. Adoro! Vale como uma entrada, mas se estiver com mais pessoas, sugiro ainda o Chorizo (R$ 53,90), linguiça elaborada na própria casa, bem temperada, e que chega escoltada por tomate e cebola assados. A burrata La Buffalina é outra opção, servida com azeite, manjericão e tomate seco (R$ 43,90). Com certeza será a minha próxima pedida.
Las carnes
Um dos diferenciais do restaurante é a diferenciação no tamanho dos cortes para homens (350g) e mulheres (270g), com preços proporcionais. Achei interessante a proposta pela questão do desperdício e da economia, embora euzinha seja bastante carnívora e prefira os nacos maiores. Vale dizer que todas as carnes bovinas são provenientes de frigoríficos renomados, tanto da Argentina como do Uruguai e do Brasil.
O naco mais vendido, com cerca de 80% dos pedidos, é o Ojo de Bife, que sai a R$ 134,90 ou R$ 123,90. Mas o menu conta ainda com assado de tira (R$ 117,90 e R$ 126,90); vacio (R$ 129,90 e R$ 118,90); e bife de chorizo (R$ 132,90 e R$ 120,90). O assado se tira e o shoulder, no entanto, têm gramatura única e saem a R$ 115,90 e a R$ 127,90, respectivamente. Ainda há a possibilidade de pedir cortes com 600g, que já são servidos com dois acompanhamentos à escolha. São eles: ojo de bife, o chorizo, tapa de cuadril e shoulder, que saem entre R$ 279,90 e R$ 287,90.
Para variar os cortes bovinos, o menu oferece também panceta servida com mandioca e barbecue apimentado de goiaba (R$ 92,90); frango desossado com arroz branco e polenta frita; truta (R$ 76,90) e salmão grelhados (R$ 91,90). Mas em minha visita, preferi o carré de cordeiro (R$ 154), que vem do Uruguai e tem a companhia de arroz de açafrão e geleia de hortelã. Estava bastante macio e assado no ponto certinho da minha gula.
Com ele, provei ainda dois acompanhamentos que são emblemáticos na casa, o purê de maçã verde (R$ 52,90) e o arroz com queijo (R$ 41,90). O primeiro foi um acerto, porque a acidez deu um contraste interessante com a carne de caça. Na próxima visita, quero provar o purê de abóbora com gorgonzola, o creme de milho e o pimentão grelhado e sem pele, que são guarnições mais diferentes. Quem prefere o tradicional, conta também com batatas fritas, polenta, farofa, entre outros acompanhamentos.
Los dulces
A lista de sobremesas se inicia com um clássico argentino, o alfajor (R$ 14,90) preparado na própria casa, como um biscoito delicado na mordida e recheio na quantidade necessária para garantir umidade na boca. A cobertura é de um bom chocolate. Provei também a panqueca fininha com fatias de maçã verde e sorvete de creme. Bem saborosa e boa para fugir da versão de doce de leite. A pera ao vinho é um clássico e tem apresentação bem bonita. Vou pedir na próxima ida à casa.
Para acompanhar a comida, o Libertango tem uma carta de vinhos bastante eclética, graças à parceria com quatro importadoras. Os rótulos, em sua maioria argentinos, começam em pouco mais de R$ 100 e podem chegar a R$ 7 mil, caso do emblemático californiano Opus One, produzido por Robert Mondavi em parceria com a Château Mouton Rothschild.
A carta de bebidas apresenta ainda coquetéis clássicos, a exemplo do Por Tonic (R$ 50,90), Spritz Veneziano (R$ 50,90), Gin Tônica (R$ 39,90) e Moscow Mule (R$ 39,90).
Faço votos que a casa tenha o mesmo sucesso já alcançado na primeira unidade e validado, inclusive, por críticos e plataformas de avaliação. Ah, e o Jorge Serodio já me adiantou que a terceira unidade vem aí, dessa vez nos Estados Unidos. Que bom!
Serviço:
Restaurante Libertango
SHS Quadra 2, Bloco J, Loja 101
Funciona de terça a sábado, das 12h às 15h, e das 19h às 23h; domingos, das 12h às 17h
Telefone: (61) 3554-1727
Instagram: @libertangorestaurante
Para mais dicas de gastronomia, siga @lucianabarbo no Instagram.