2ª temporada do Yard segue até quando a seca persistir, com menu do chef Edu Nobre
Projeto sazonal está sendo realizado no Clube da Imprensa
atualizado
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O processo de ocupação de espaços ao ar livre vinha devagarzinho entrando na agenda do brasiliense há alguns anos. Com a pandemia, e a necessidade urgente por diversão segura depois de um confinamento nunca antes vivido, essa marola empreendedora virou uma onda que só tende a crescer.
Se não dá para aglomerar, vamos nos juntando em pequenos grupos para esquecer por algumas horas das agruras vividas, das perdas e das dificuldades. Claro que alguns, de forma bem dissimulada, fugiram às regras, pensando apenas no próprio umbigo. Mas estamos aqui para exaltar quem levou a sério a tarefa de divertir seu público com o menor risco possível.
Dos eventos que têm acontecido pela cidade, o Yard é o que mais me surpreende, não somente pelo local e ambientação, como pela comida. Afinal, de que adianta um lugar incrível se a oferta gastronômica é demorada, sem inventividade ou ruim? A primeira surpresa que senti quando cheguei ao Clube da Imprensa foi ver os lounges montados dentro das piscinas. Como assim, gente?
Achei legal me sentar em sofás dentro de uma piscina vazia, olhar para cima e ver as estrelas se confundindo com as minilâmpadas dos varais, colocados ali propositalmente para este fim. As luzinhas amarelas também descem em cascata pela grande árvore que está ali há décadas e que ganhou status e muita exposição nas mídias sociais. Sim, porque evento que é evento, hoje em dia, tem de ser instagramável. E o Yard é assim, mas de uma forma tão inteligente e orgânica, sem mil artifícios de cenografia, arquitetura e pirotecnia, que me dá vontade de ir toda semana. Mariana e Daniel Braga, que também criaram o Hidden, arrasaram na ambientação.
Vale dizer que, se essa descrição do ambiente te deu vontade de ir, é preciso correr para o site (www.yardbrasilia.com.br) para fazer uma reserva para duas, quatro ou seis pessoas. Para agosto não tem mais vaga. Então resta setembro, último mês oficial da temporada. Se São Pedro ajudar e retardar a chuva, é possível que o evento entre em outubro. Mas vai saber, né? O santo que manda no clima anda bem temperamental ultimamente, então melhor garantir um lugar em algum dia do próximo mês.
O cardápio
Agora vamos para o segundo motivo para ir ao Yard. A comida da Ariela e do Edu Nobre, donos do IVV Swine Bar. O menu proposto reúne alguns itens de maior sucesso do bar de vinhos localizado no fim da Asa Norte, e outras criações exclusivas para a operação temporária.
Eu tento, mas não consigo resistir às tâmaras recheadas com queijo gorgonzola e envoltas em bacon (R$ 27). Este talvez seja o item mais pedido do menu. E pensar que no início do IVV, eles tinham de dar como cortesia para ver se o público engajava com a entradinha que mistura sabores doces, salgados e defumados com um toque leve de acidez graças a uma redução de vinagre balsâmico. Também aprecio o guioza (R$ 31), com massa delicada, recheada com carne suína. As seis unidades vêm douradinhas e suculentas.
O início da petiscagem ainda pode ter bruschetta clássica com tomate, alho e manjericão (R$ 21); as tábuas montadas com queijos e embutidos garimpados pelo chef Edu Nobre; e os flat breads, massa chapadinha coberta com creme de milho, frango caipira assado, quiabo e pequi (R$ 42); salame, provolone, tapenade, tomate e manjericão (R$ 41) ou com copa, queijo brie, maçã verde e honey mustard (R$ 41).
No rol dos sandubas, não dá para ficar sem provar o Choripolvo (R$ 42), com baguete, tentáculos de polvo temperado com molho chimichurri e creme de alho. Também são bons o de carne de lata desfiada com mozzarella, picles de cebola roxa e rúcula (R$ 36) e o Blue Smurf com cogumelos shimeji, gorgonzola e cebolas caramelizadas (R$ 39).
Mais quentinha, a sopa de cebola (R$ 27) é coberta com massa folhada e ideal para calibrar a temperatura corporal nessas noites frias, da mesma maneira que os escondidinhos de shimeji (R$ 39) e de leitoa desfiada (R$ 38); e o arroz cremoso de camarão e polvo (R$ 42).
Para a sobremesa, a turma elegeu ingredientes como banana, canela, Nutella e morango para rechear os flat breads (R$ 25). Também fechou uma parceria com o Pudim Bohn, que serve uma versão de leite tradicional, adornada com pipoca caramelizada (R$ 20).
Bebidas
Para acompanhar a comilança, o destaque são os rótulos de vários países trazidos ao Brasil pela Del Maipo, parceira desde o início do Hidden e do IVV. Os preços têm início em R$ 99, com o espumante 1913 Brut Branco, o vinho verde português Vale Este, o rosé uruguaio Alma Joven; e o tinto chileno Casas Del Maipo Carmenere e italiano Fresco Primitivo.
Quem preferir, pode acompanhar os pratos e pestiscos com os drinques Gin Tonic, Ginger Gin e Pink Lemon ou com cerveja Stella Artois, na versão normal ou sem glúten.
Segurança
Mais do que ambiente ao ar livre e distanciamento dos lounges, a equipe de atendimento do Yard usa todos os itens obrigatórios de EPI. Antes de entrar, o público tem a temperatura medida. O álcool em gel está disponível nos lounges e espaços comuns, nos quais também é obrigatório o uso das máscaras.
O espaço funciona de quarta a sábado em sessões das 17h30 às 20h30 e das 21h à 0h., mediante reserva no site. Os lounges têm capacidade para duas, quatro ou seis pessoas. Às quartas-feiras são solidárias e o valor cobrado por cada lounge cai pela metade, mediante a doação de cobertores, agasalhos ou calças jeans em bom estado de conservação. Estes itens são doados a instituições de apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Serviço:
Yard by Hidden + IVV
Local: Clube da Imprensa (Setor de Clubes Esportivos Norte, Trecho 1, Conjunto 2, Lote 1 – em frente ao Clube da Aeronáutica)
Funcionamento de quarta a sábado, com sessões das 17h30 às 20h30 e das 21h à 0h.
Reserva e cardápio completo no site www.yardbrasilia.com.br
Valores dos lounges: R$ 40 (duas pessoas); R$ 80 (quatro pessoas); R$ 120 (seis pessoas). Pagamento antecipado com cartão de crédito.
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