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PF deve concluir em agosto inquérito que mira Bolsonaro por golpe

A Polícia Federal (PF) deve concluir no próximo mês o inquérito que investiga Jair Bolsonaro e auxiliares por tentativa de golpe de estado

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Climão Jair Bolsonaro no lançamento da Frente Parlamentar das Escolas
1 de 1 Climão Jair Bolsonaro no lançamento da Frente Parlamentar das Escolas - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) deve concluir no próximo mês o inquérito que investiga Jair Bolsonaro e auxiliares por uma tentativa de golpe de Estado. Neste ano, o ex-presidente já foi indiciado pela PF em dois outros inquéritos por crimes como peculato e lavagem de dinheiro. Apurações da PF citam Bolsonaro como integrante de uma possível organização criminosa que cometeu diversos crimes durante seu mandato.

A expectativa na PF é que em agosto a corporação apresente os indiciamentos e envie o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). A partir daí, caberá à PGR apresentar uma denúncia criminal ou arquivar o caso, que tramita no Supremo.

Investigadores avaliam que, em meio à profusão de processos que miram Bolsonaro, o que apura crimes de golpe de Estado é o que tem mais peso. Como as apurações estão conectadas e envolvem personagens em comum, o desfecho do inquérito tem o condão de fechar o cerco ao ex-presidente em várias frentes simultaneamente.

Além de declarações públicas do então presidente e auxiliares atacando o resultado da eleição e mobilizando acampamentos golpistas em frente a quartéis, a investigação analisa uma minuta de decreto que basearia um golpe de Estado no país. Os comandantes da Aeronáutica e do Exército sob Bolsonaro confirmaram a articulação golpista de Bolsonaro em depoimento à PF.

Um dos exemplos de conexão entre as investigações contra Bolsonaro na PF foi citado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em uma decisão no último dia 9. Na ocasião, Moraes autorizou a nova fase da Operação Última Milha, que apura a existência de uma estrutura paralela e ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no último governo. Segundo as apurações, o governo Bolsonaro monitorou ilegalmente autoridades, servidores públicos e jornalistas que consideravam como opositores.

“As investigações apontam que as mencionadas ações clandestinas [da Abin paralela] ensejaram, motivaram e causaram, direta ou indiretamente, a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023”, escreveu Moraes.

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