Alvo de críticas, identificação facial é uma tecnologias da segurança do RJ
Pesquisa da FGV aponta que reconhecimento fotográfico é uma das principais ferramenta dos órgãos de segurança do RJ
atualizado
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Identificação facial é uma das ferramentas usadas pelos órgãos de segurança pública do Rio de Janeiro, revelou pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas e divulgada nesta quarta-feira (29/3). A medida é alvo de críticas no Conselho Nacional de Justiça pelo alto número de prisões equivocadas.
Segundo levantamento feito pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro em 2021, 81% dos presos detidos por identificação facial são absolvidos por erros de reconhecimento fotográfico.
A ferramenta de câmeras corporais em fardas policiais, que está em estágio embrionário de implementação e é alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal, também está no grupo das ferramentas mais usadas pelos órgãos de segurança do Rio de Janeiro.
Em nível nacional, a principal ferramenta de segurança é o drone. Em seguida está o uso das OCRs (reconhecimento óptico de caracteres) e da identificação facial.
As câmeras corporais, que tiveram sua efetividade comprovada na diminuição de níveis de letalidade, ocupam a quarta posição das principais ferramentas usadas por órgãos de segurança do país. Apenas 22% dos estados fazem uso da ferramenta.
O estudo “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade” foi realizado entre junho de 2021 e maio de 2022 com o objetivo de promover o mapeamento e a análise da utilização de novas tecnologias no âmbito da segurança pública no Brasil.
(Atualização às 12h10 do dia 3 de abril de 2023: A primeira versão desta reportagem informava que a identificação facial era a ferramenta mais usada pelos órgãos de segurança do Rio de Janeiro. A assessoria da Fundação Getúlio Vargas, contudo, informou à coluna que um dos gráficos divulgados, em que a ferramenta de identificação facial aparecia em primeiro lugar, não estava correto.)