Acusado de armar bomba no DF foi com assessores de Damares à Câmara
Wellington Macedo tinha livre acesso à Câmara dos Deputados em 2019, quando era assessor da senadora eleita Damares Alves
atualizado
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Acusado de ter participado da preparação de um ataque a bomba em Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022, o terrorista bolsonarista Wellington Macedo tinha livre acesso à Câmara dos Deputados em 2019, quando era assessor da senadora eleita Damares Alves, então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Em setembro daquele ano, Macedo chegou a comparecer a uma audiência pública, promovida pelo deputado Diego Garcia, do Republicanos do Paraná, acompanhado de Lucas Batista Pinheiro, que na época também era assessor de Damares, e hoje é secretário-executivo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Macedo recebia R$ 10.373,30 mensais no ministério. Chegou a ser preso por ordem de Alexandre de Moraes em abril de 2021 e, em 2022, tentou voltar à Câmara como deputado.
Macedo foi candidato a deputado pelo PTB de São Paulo. O terrorista, contudo, será expulso do quadro de filiados do PTB devido à tentativa de ataque a bomba.
(Atualização às 18h30 do dia 17 de janeiro de 2023: O secretário do Conanda, Lucas Pinheiro, disse, em nota à coluna, que não tem relação com o terrorista Wellington Macedo.
“Na ocasião eu estava lotado na Assessoria Parlamentar do Ministério, em que a minha atribuição era acompanhar as autoridades do Ministério em audiências públicas e representações políticas e legislativas no Congresso Nacional”, informou
Pinheiro disse que na audiência citada pela reportagem foram convidadas autoridades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e que seu dever era “acompanhar e assessorar no que diz respeito às questões legislativas e parlamentares”.
“Eu apenas estava lá trabalhando, não tenho culpa se um lunático criminoso senta ao meu lado, não costumo pedir exame psicotécnico ou antecedentes criminais pra pessoa sentar do meu lado em um local público”, disse.)