873 policiais federais assinam nota em apoio a delegado afastado de investigação de Bolsonaro
PGR pediu investigação do delegado Felipe Leal, que foi afastado da investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF
atualizado
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Mais de 800 policiais federais assinaram uma nota em apoio ao delegado Felipe Leal, repudiando um pedido da Procuradoria Geral da República para investigar se houve irregularidades na conduta de Leal à frente da investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF.
A subprocuradora Lindôra Araújo pediu, nesta quarta-feira, a abertura de um inquérito para apurar se houve abuso de autoridade e violação de sigilo profissional por parte do delegado durante a investigação.
Felipe Leal foi afastado do inquérito que investiga as interferências políticas de Bolsonaro na PF pelo ministro Alexandre de Moraes.
Na nota, em meio aos 873 policiais signatários, estão os quatro últimos coordenadores de combate à corrupção na PF, Joselio Sousa, Marcio Anselmo, Thiago Delabary e o atual, Isalino Giacomet.
No texto, os signatários repudiam a ação da PGR e alegam que há um movimento para acanhar agentes federais que investigam esquemas de corrupção.
Segundo Moraes, Leal foi afastado por ter pedido à direção da PF informações sobre atos administrativos do diretor-geral Paulo Maiurino e, à PGR, dados sobre os relatórios que teriam sido produzidos pela Abin para orientar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.
Moraes avaliou que as providências não tinham “qualquer pertinência” com o objeto do inquérito, aberto após Sergio Moro deixar o Ministério da Justiça.