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Produtor rural, síndico e entregador: veja os condenados pelo 8/1

Matheus Lima e Aécio Lúcio acabaram condenados a 17 anos de prisão. Thiago Mathar foi sentenciado a 14 anos. Falta o STF julgar o quarto réu

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1 de 1 montagem com fotos de réus por atos golpistas de 8 de janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenarem os três primeiros réus por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, resta um reú na fila dos primeiros julgamentos envolvendo a invasão golpista na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar e Matheus Lima de Carvalho Lázaro foram julgados pelo STF entre quinta (14/9) e sexta-feira (15/9).

Matheus Lima e Aécio Lúcio acabaram condenados a 17 anos de prisão. Thiago Mathar recebeu sentença de 14 anos. A Suprema Corte ainda deve julgar, nos próximos dias, Moacir José dos Santos.

Veja quem são os condenados:

Aécio Lúcio Costa Pereira

Primeiro réu condenado pelos atos golpistas de 8 de janeiro, Aécio Lucio da Costa Pereira (à direita na foto em destaque), 51 anos, é morador de Diadema, na Grande São Paulo, foi síndico do prédio onde reside e acusado de ameaças por vizinhos do condomínio por causa do apoio deles à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Nessa quinta, Aécio acabou condenado a 17 anos de prisão por cinco crimes relacionados à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em janeiro.

Ex-funcionário da Sabesp, companhia de saneamento básico, ele foi demitido da estatal por ter participado do quebra-quebra em Brasília, para onde seguiu ao lado de amigos que estavam acampados em frente ao Exército, em São Paulo.

Entre os crimes pelos quais foi condenado, estão associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Thiago de Assis Mathar

O produtor rural Thiago de Assis Mathar, 43 anos (no centro na foto em destaque), é o segundo condenado pelos ministros do STF por ter participado dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.

Natural de Votuporanga, em São Paulo, Mathar é acusado por cinco crimes. São eles: golpe de Estado, aolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

O produtor rural veio a Brasília após ser convidado por extremistas que estavam acampados no quartel de São José do Rio Preto a participar de uma viagem de ônibus até a capital do país.

Na denúncia contra Mathar, a Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que, inicialmente, quando indagado sobre seus propósitos ao vir para Brasília, o produtor rural “confessou as suas intenções golpistas, ao afirmar que veio a Brasília ‘para participar da manifestação de apoio às Forças Armadas’”.

Thiago Mathar foi condenado a 14 anos e ao pagamento de 100 dias-multa, no valor de 1/3 do salário mínimo. Além disso, terá de pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões.

Matheus Lima de Carvalho Lázaro

O julgamento de Matheus Lima de Carvalho Lázaro começou nessa quinta e será retomado na próxima quarta-feira  (20/9). Com 24 anos, Matheus trabalhava como entregador. Ele é o réu mais novo entre os quatro primeiros denunciados a serem julgados.

Matheus nasceu no Paraná e foi preso com um canivete após o ato golpista. Casado, o acusado compartilhou imagens nas redes vídeos e imagens participando dos atos golpistas. Ele chegou a fazer uma transmissão ao vivo da invasão golpista na Praça dos Três Poderes

Em uma mensagem de áudio enviada para a esposa, ele disse que “tem que quebrar tudo para o Exército entrar”. Questionado no processo, o homem que alegou à polícia trabalhar como entregador negou ter cometido crimes e que queria se manifestar de forma pacífica.

O paranaense foi preso após deixar a Praça dos Três Poderes, próximo do Estádio Nacional Mané Garrincha.

Matheus foi condenado a 17 anos de prisão e ao pagamento de 100 dias-multa, no valor de 1/3 do salário mínimo. Além disso, terá de pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões.

Próximo julgamento

Moacir José dos Santos, 52, é o único entre os quatro denunciados a responder em liberdade, que foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes no início de agosto. Ele ainda não foi julgado pela Suprema Corte.

Nas redes, ele se apresenta como autônomo e morador de Cascavel, no Paraná. Ele é acusado depredação contra o Palácio do Planalto, onde salas e obras de arte foram destruídas.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o paranaense teve a presença nos atos golpistas atestada após ter tido seu material genético identificado no local. Além disso, ele teria gravado vídeos no interior dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes.

Em depoimento, Moacir alegou ter participado de uma “marcha pacífica”, em busca de um “Brasil melhor”. Além disso, ele afirmou ser uma “vítima do Estado”.

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