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Lula: “Se preciso, Forças Armadas atuarão contra desmatamento na Amazônia”

Segundo dados do Inpe, total de áreas sob alerta de desmatamento na Região Amazônia apresentou queda de de 33,6% no 1º semestre do ano

atualizado

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1 de 1 frame-lula-presidente-conversa - Foto: Reprodução/vídeo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (11/7) que, “se preciso for”, as Forças Armadas atuarão no combate ao desmatamento na Amazônia.

Segundo dados coletados pelo sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), o total de áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia apresentou queda de 33,6% no primeiro semestre deste ano.

Durante o “Conversa com o Presidente”, sua live semanal, Lula disse que o governo vai jogar “muito duro” não apenas com os instrumentos de proteção disponíveis no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, mas também com o auxílio do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e, se necessário, dos militares.

“O maior patrimônio que nós temos é a nossa floresta em pé. A gente não pode achar que, desmatando, a gente vai ganhar. A gente vai perder. Então, nós vamos jogar muito duro, não só com os instrumentos de proteção que a gente tem no Ministério do Meio Ambiente”, declarou.

“Mas a gente vai jogar muito duro também com o Ministério da Justiça, com a Polícia Federal, se for necessário, com as próprias Forças Armadas, para que a gente proteja a nossa floresta de queimada, de derrubada, de madeireiros, de garimpeiros e do crime organizado, que, muitas vezes, está dentro da floresta fazendo tráfico de armas, trágico de drogas”, acrescentou o presidente.

Fila do INSS

Na transmissão desta quinta, o presidente também disse que terá, nesta semana, uma reunião para tratar sobre o tamanho da fila de brasileiros que aguardam perícias médicas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Segundo ele, “não há explicação” para o tamanho da fila, atualmente, em 1,7 milhão. Ele disse que, caso seja necessário, ele trocará quem “não tem competência” no INSS. O órgão é vinculado ao Ministério da Previdência Social, chefiado por Carlos Lupi. Na semana passada, o governo federal trocou o comando do instituto previdenciário.

“Eu tenho uma reunião essa semana para discutir qual é o problema que está acontecendo que as filas [do INSS] tem por volta de 1,9 milhão de pessoas. Não há nenhuma explicação, a não ser ‘ah, eu [INSS] não posso aposentar porque eu [INSS] não tenho dinheiro para pagar [o beneficiado]’”, afirmou .

“Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer porque que tem essa fila. Se é falta de funcionário a gente tem que contratar funcionário, se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência”, acrescentou Lula.

Desde janeiro deste ano, o INSS tem sofrido constantes problemas nos sistemas do órgão, gerenciados pelo Dataprev, que levaram ao cancelamento e reagendamento de diversas perícias.

O governo federal já anunciou que pretende abrir um concurso para contratar 1,7 mil peritos. A ideia é que também sejam adotados novos protocolos, como a teleperícia, para agilizar os atendimentos.

Reforma tributária

Na live, Lula ainda disse esperar que o Senado Federal “repita a votação” da Câmara dos Deputados, que aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária.

Como se trata de uma PEC, a matéria precisou do voto de, no mínimo, 3/5 dos deputados (308 dos 513). No Senado, o texto deve receber apoio de, ao menos, 49 dos 81 integrantes da Casa Alta. Na Câmara, foram 382 votos favoráveis a 118 contrários no primeiro turno, e 375 votos a 113 no segundo turno.

“Eu estou feliz porque foi uma semana muito importante para o Brasil. Não foi importante para o governo, foi importante para o Brasil. E eu espero que o Senado repita a votação da Câmara e eu espero que a gente chegue no fim do ano com a política tributária nova para que a gente nunca mais fique falando de política tributária nesse país”, declarou o petista.

Em linhas gerais, o texto da reforma tributária prevê que todos os produtos e serviços vendidos no país terão um imposto federal unificado por meio de um “IVA dual”.

Atualmente, o Brasil tem cinco tributos:

  • IPI, PIS e Cofins, que são federais; e
  • ICMS, que é estadual, e o ISS, que é municipal.

A ideia é que o novo imposto una IPI, PIS e Cofins em uma tributação federal e outra estadual e municipal, que unificaria ICMS e ISS.

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