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Bolsonaro embarca para Guiana a fim de retomar agenda energética

Presidente embarcaria para o país em janeiro deste ano, mas precisou cancelar a agenda após a morte da mãe, Olinda Bolsonaro, 94 anos

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Jair Bolsonaro no avião presidencial da FAB - Metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro no avião presidencial da FAB - Metrópoles - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou, na manhã desta sexta-feira (6/5), para Georgetown, na Guiana. Ele deve dar continuidade à agenda de janeiro sobre parcerias nas áreas de petróleo e gás. O voo partiu da Paraíba, onde Bolsonaro teve compromissos no dia anterior.

No início do ano, o chefe do Executivo brasileiro esteve no Suriname. De lá, ele seguiria para Guiana, mas a agenda precisou ser cancelada por causa da morte da mãe, Olinda Bolsonaro, aos 94 anos.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, durante a agenda, serão discutidos temas de comércio e investimentos, infraestrutura, energia e cooperação em defesa e segurança entre os países.

“Guiana e Suriname descobriram reservas de gás e petróleo equivalentes a 40% das atuais reservas brasileiras”, informou Bolsonaro em uma transmissão ao vivo nessa quinta-feira (5/5) ao comentar a viagem. 

A viagem à Guiana é a quarta agenda internacional do presidente em 2022. A primeira, em janeiro, foi para o Suriname. Em fevereiro, Bolsonaro fez um giro pelo Leste Europeu, passando por Rússia e Hungria. Os custos dessas duas últimas viagens chegaram a R$ 2,1 milhões.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

Reprodução/ Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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Agenda na Guiana

De acordo com o Itamaraty, o presidente Jair Bolsonaro deve desembarcar em Georgetown, na Guiana, por volta das 10h desta sexta. Às 11h30, participa de uma reunião privada com o presidente do país, Mohamed Irfaan Ali, que será seguida de nova reunião, com a presença de outras autoridades.

Às 13h30, o presidente brasileiro participa de “cerimônia de troca de atos internacionais”. Após a solenidade, Bolsonaro e Mohamed Irfaan Ali devem fazer uma declaração conjunta à imprensa.

O último compromisso de Bolsonaro na Guiana é um almoço oferecido pelo presidente daquele país. O retorno ao Brasil está previsto para ocorrer por volta das 16h.

Pacheco assume Planalto

Com a ida de Bolsonaro a Georgetown, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assume, por algumas horas, o comando da Presidência da República nesta sexta-feira (6/5). É a primeira vez que o senador exercerá a função de forma interina.

A legislação diz que o chefe do Senado é o terceiro na linha sucessória do Palácio do Planalto e deve assumir o comando do Executivo federal nas ausências do presidente e vice da República, e do presidente da Câmara.

Como Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Arthur Lira (PP-AL) devem disputar as eleições deste ano, a lei das eleições os impede de assumir a Presidência interinamente nos seis meses anteriores ao pleito, que ocorrerá em outubro deste ano. Mourão deve disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul, e Lira, a reeleição como deputado federal.

O partido de Rodrigo Pacheco, o PSD, chegou a anunciar o senador como pré-candidato à Presidência da República, mas o parlamentar desistiu da candidatura em março deste ano.

Caso fosse disputar as eleições, Pacheco também não poderia assumir o Executivo federal. Nesse caso, a Presidência da República ficaria a cargo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente comandado pelo ministro Luiz Fux.

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