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Bolsonaro critica Moraes sobre ação por discurso de ódio: “Covardia”

Alexandre de Moraes, da Justiça Eleitoral, determinou que presidente se manifeste em 48h sobre disseminação de falas que estimulam violência

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Presidente Jair Bolsonaro durante Solenidade alusiva à Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica e ao MECPlace no palacio planalto em brasília
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante Solenidade alusiva à Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica e ao MECPlace no palacio planalto em brasília - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (15/7) em função de um pedido do magistrado para que o chefe do Executivo federal se manifeste sobre suposta disseminação de discursos que incitam o ódio no período eleitoral.

Moraes, que também é ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu 48 horas para o presidente se manifestar sobre o assunto. A determinação do ministro atendeu a uma ação protocolada pela oposição na Justiça Eleitoral, após a morte de um petista em Foz do Iguaçu, no Paraná, na última semana.

Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro classificou a medida de Moraes como um “ataque” e uma “covardia”.

“Falta de consideração [do Alexandre de Moraes]. Parece que faz para mostrar: ‘Olha, eu sou togado aqui, você vai me respeitar e fazer o que eu quero, senão minha caneta está aqui’. Essas questões aí levam ao conflito entre Poderes. Daqui a pouco vão falar que eu estou atacando o Supremo Tribunal Federal. Isso aqui é um ataque. Isso aqui é um, se me permitem, é uma covardia. Uma covardia”, afirmou.

Momentos depois, nas redes sociais, o presidente voltou a se manifestar sobre o assunto. Veja:

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

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Discurso de ódio

A decisão de Moraes também abre prazo de dois dias para que o Ministério Público Eleitoral se pronuncie. O ministro argumentou que é necessário ouvir o presidente, uma vez que a ação pede “relevantíssimas consequências” para Bolsonaro.

A ação contra o presidente foi protocolada na terça-feira (13/7) pelos partidos Rede, PCdoB, PSB, PV, PSol e Solidariedade, em resposta à morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por um apoiador de Bolsonaro, em 9 de julho.

Nesta sexta, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda não pode ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.

Segundo a delegada Camila Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”. A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.

“Não podemos dizer que o autor voltou lá porque ele queria cessar os direitos políticos ou atentar contra os direitos políticos daquela pessoa. Concluímos que foi algo que acabou se tornando pessoal entre duas pessoas que discutiram, claro, por motivações políticas.”

 

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