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Bolsonaro confirma ida à posse de Moraes no TSE e presenteia ministro

Presidente recebeu o futuro chefe da Corte Eleitoral no Palácio do Planalto, na noite de quarta-feira (10/8)

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Bolsonaristas Imagem colorida do ministro do STF Alexandre de Moraes
1 de 1 Bolsonaristas Imagem colorida do ministro do STF Alexandre de Moraes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que vai comparecer à posse dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski – que vão assumir, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerimônia agendada para a próxima terça-feira (16/8). Os dois magistrados foram ao Palácio do Planalto, na noite de quarta-feira (10/8), para convidar o mandatário pessoalmente.

Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Fábio Faria (Comunicações) fizeram chegar a Moraes e Lewandowski a informação de que o presidente gostaria de ir à cerimônia de posse para mostrar o respeito à Justiça Eleitoral, contanto que fosse convidado pessoalmente.

Durante a visita, os ministros estavam acompanhados de José Levi Mello do Amaral Júnior, que mantém proximidade com Moraes há anos, sobretudo após ocupar o cargo de secretário-executivo quando o magistrado foi chefe do Ministério da Justiça. Levi será secretário-geral do TSE e também já foi advogado-geral da União de Bolsonaro. A conversa durou cerca de 50 minutos.

Segundo relatos, o ministro Alexandre de Moraes ganhou de presente do presidente uma camisa do Corinthians, time do qual o magistrado é torcedor.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

Reprodução/Youtube
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Moraes assume a presidência no lugar do ministro Edson Fachin e ficará à frente da Corte pelos próximos dois anos. No Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado relata o inquérito que investiga bolsonaristas.

Tensão

O convite levado ao presidente Jair Bolsonaro ocorre em momento de forte tensão entre a Corte Eleitoral e o governo. Na segunda-feira (8/8), o TSE excluiu o coronel Ricardo Sant’ana do grupo de militares escalados para inspecionar o código-fonte das urnas eletrônicas.

Conforme revelou a coluna do Rodrigo Rangel, do Metrópoles, o oficial costumava divulgar fake news e questionar a lisura do processo eleitoral.

Na quarta, o Exército Brasileiro decidiu não indicar um nome para substituir o coronel Ricardo Sant’Ana na comissão fiscalizadora das urnas eletrônicas. A Defesa, contudo, pediu o acesso de mais nove militares, especialistas em programação, para reforçar a equipe das Forças Armadas.

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