Além de Patrícia Lelis, veja brasileiros na mira da polícia dos EUA
A brasileira, de 29 anos, se tornou investigada pelo FBI por fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado
atualizado
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Além da brasiliense Patrícia Lélis, 29 anos, acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais, roubo de identidade agravado e, hoje, incluída na lista de procurados do FBI [Federal Bureau of Investigation], outros brasileiros deram trabalho à Justiça e à polícia norte-americana ao longo dos últimos meses.
As acusações são diversas, mas sobrou para os Estados Unidos prender fugitivos condenados por estupro, fraudes, lavagem de dinheiro, entre outros.
Patrícia é procurada pela polícia federal americana por acusações de fraude contra imigrantes. Em comunicado divulgado na sexta-feira (12/1), a Justiça dos Estados Unidos informou que a brasileira se passou por advogada especializada em imigração e aplicou uma fraude em clientes que chega ao valor de US$ 700 mil — R$ 3,4 milhões.
Lélis não tem formação em direito e diz ser jornalista, embora não tenha registro da profissão no Ministério do Trabalho. Ela ainda é procurada pelos crimes.
Em 2023, outro brasileiro demandou uma força-tarefa da polícia dos EUA. Durante 14 dias, os policiais realizaram buscas para encontrar Danilo Sousa Cavalcante, 34, que fugiu da cadeia.
Condenado à prisão perpétua por assassinar a ex-mulher a facadas na frente dos dois filhos dela, em Phoenixville, Pensilvânia, Danilo Cavalcante também é acusado de matar a tiros, em 2017, Valter Júnior Moreira dos Reis em uma lanchonete de Figueirópolis, Tocantins.
Ele fugiu da cadeia e foi flagrado pelas câmeras de segurança da prisão e, em seguida, em uma cidade vizinha. A caçada ao assassino mobilizou centenas de detetives, o xerife local e policiais das forças estadual e federal. Somente após 14 dias, Danilo acabou preso novamente.
Foragidos
No fim do ano passado, dois homens acusados de estupro e foragidos do Brasil foram presos nos Estados Unidos. Um, de 37 anos, e outro, de 62.
O mais novo foi preso pelo governo dos Estados Unidos no condado de Dukes, em Massachusetts, de acordo com o Enforcement and Removal Operations (ERO). A prisão ocorreu após condenação pelo estupro de uma criança, de 5 anos, com decisão da 2ª Vara Criminal de Sorriso, em Mato Grosso.
O mais velho foi preso, em dezembro de 2023, após condenação por estupro de vulnerável pela Justiça de Santa Catarina. O condenado estava foragido e foi detido na vila de Tewskbury, em Boston.
Deputado cassado
Filho de brasileiros, o então deputado republicano George Santos foi cassado, em maio de 2023, após acusações de fraudes e lavagem de dinheiro. Com o placar de 311 votos a favor e 114 contra, o Congresso dos EUA aprovou a cassação. O político responde a 23 acusações na Justiça dos Estados Unidos, entre elas fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
O ex-congressista entrou nos holofotes após ter modificado o próprio currículo para concorrer às eleições. George admitiu que, de fato, realizou as alterações das quais foi acusado. Mas, depois, alegou ser vítima de “perseguição política”.
George Santos foi eleito em novembro de 2022 para a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, sendo o primeiro parlamentar declaradamente gay do Partido Republicano.
Ele chegou a ser preso em 10 de maio sob o inquérito que investiga possíveis crimes financeiros e de falsidade ideológica, mas foi solto no mesmo dia após pagar fiança de US$ 500 mil (quase R$ 2,4 milhões).
Presos pela PF, investigados pela Interpol
Em dezembro de 2023, a Polícia Federal (PF) prendeu três brasileiros procurados internacionalmente. Eles foram detidos inicialmente em solo americano pela U.S. Immigration and Customs Enforcement — autoridade de imigração dos EUA — por estarem em desacordo com as normas migratórias e existirem contra eles mandados de prisão por crimes graves, como homicídios e assaltos. Ao serem repatriados, acabaram presos pela PF no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG).
Após exame de corpo de delito ao serem presos no Brasil, os três foram conduzidos ao Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Belo Horizonte.
Um dos procurados teve a difusão vermelha da Interpol publicada pelo Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal, em Minas Gerais.
O alerta internacional foi divulgado em razão do mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Itanhomi (MG). O foragido matou a tiros um desafeto em agosto de 2018. A vítima morreu na hora.
O outro preso tinha mandado de prisão preventiva por homicídio cometido na cidade de São Paulo, em 2002. Na ocasião, o suspeito, juntamente com outros cúmplices, mataram quatro pessoas. Motivo: disputa por pontos de tráfico de drogas.
O terceiro teve a difusão vermelha publicada em 30 setembro de 2023 com base em mandado de prisão expedido pelo Juízo da Vara de Execução Penal de João Pessoa (PB), por diversos assaltos contra postos de gasolina.