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Zema diz que o Novo não é bolsonarista, mas não é o que dizem os fatos

Parlamentares da bancada do partido, por exemplo, associam Roberto Jefferson ao PT, não a Bolsonaro, e criticaram medidas contra a Covid

atualizado

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Bolsonaro e zema apoio
1 de 1 Bolsonaro e zema apoio - Foto: CNN/Reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, declarou ontem que seu partido não virou uma legenda ligada a Jair Bolsonaro. Ele disse ser “um equívoco dizer que o Novo virou bolsonarista”.

O comportamento e as manifestações de seus próprios líderes e de quase toda a bancada de 8 deputados federais apontam o contrário do que diz o governador. Os mostram bem próximos do bolsonarismo.

O próprio Zema, na defesa de Bolsonaro, chegou a dizer no início do segundo turno que Lula é maior ameaça à democracia do que o presidente da República.

O presidenciável Luiz Felipe D´Avila atuou como uma linha auxiliar de Bolsonaro durante os debates. O ajudava a bater pesado no petista Luiz Inácio Lula da Silva, com duras críticas.

O antipetismo é uma marca forte do Novo, vide caso do anúncio de apoio de João Amoêdo ao petista. Ele foi execrado por seus parceiros, que defenderam sua expulsão da legenda.

Na bancada do partido na Câmara, há alguns exemplos dessa inclinação pró-Bolsonaro. Alguns deles atuam como se fossem até de partidos da base do bolsonarismo.

O deputado Alexis Fonteyne (SP), por exemplo, atacou Roberto Jefferson por seus disparos contra agentes da Polícia Federal, mas o associou ao PT. Evitou ligações do condenado petebista a Bolsonaro.

“Roberto Jeferson é o que tem de pior na política. Mensaleiro pego recebendo dinheiro dos Correios fazia parte do esquema do PT. Para tentar limpar a sua ficha se tornou em um delator e o maior crítico do ‘sistema’ de forma sempre agressiva e irônica” – postou Fonteyne.

Outro exemplo: o  candidato derrotado a governador do Rio, o deputado Paulo Ganime, elogiou a decisão de Bolsonaro de conceder indulto a Daniel Silveira, em abril deste ano.

O deputado Gilson Marques (SC) também associou Jefferson ao PT, mas não fala da relação do petebista com o presidente da República. Ele chamou Amoêdo de um “socialista infiltrado no Novo”.

Quem acompanha as rede sociais do também deputado Lucas Gonzalez (MG) fica com a impressão de que se trata de um bolsonarista raiz. No último dia 14 o parlamentar chegou a postar uma foto no seu twitter ao lado do presidente da República.

Gonzalez adotou o discurso de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19, criticou a obrigatoriedade da vacina e as medidas de proteção.

“No Brasil, o voto deveria ser facultativo, mas é obrigatório! A vacina, deveria ser facultativa, e tem gente querendo fazê-la obrigatória” – disse durante a pandemia.

E também criticou a obrigatoriedade de máscara, as medidas restritivas e o passaporte sanitário.

Também apoiador de Bolsonaro neste segundo turno, Marcel Van Hattem (RS) elogiou a atuação do presidente no debate com Lula neste segundo turno.

“Toma!!! Bolsonaro foi bem demais na resposta sobre proposta de ampliar o número de ministros no STF: além de se comprometer a não apresentá-la, lembrou que é a esquerda quem assina essa proposição que tramita na Câmara com 40 assinaturas de petistas” – postou Van Hattem.

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