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Zambelli foge 4 vezes de depor no caso do hacker

Deputada alega problema de saúde, viagem e falta de acesso ao inquérito

atualizado

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Foto colorida da deputada federal Carla Zambelli - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da deputada federal Carla Zambelli - Metrópoles - Foto: Agência Câmara

A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pediu o adiamento de, ao menos, quatro depoimentos no caso da invasão ao ​​sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Três desses pedidos foram realizados em 2023.

Zambelli é acusada de comandar o ataque a sistemas usados pelo Judiciário com o objetivo de adulterar informações oficiais. Ela teria contratado o hacker Walter Delgatti para cometer os crimes, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, incluindo emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A deputada pediu a dispensa da audiência de instrução que seria realizada na quinta-feira (26/9) no gabinete de Moraes. Ela havia feito testes para diagnosticar uma arritmia e foi internada no Hospital do Coração, em São Paulo, após dizer que sentiu um mal-estar na quinta.

Ao longo das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF), a defesa da deputada pediu a remarcação de seu depoimento outras três vezes. Na primeira vez, em 3 de setembro 2023, a deputada pediu a transferência da data para 7 de setembro por conta de uma viagem que estava agendada.

Sua defesa alegou não ter tido acesso ao inquérito e informou que ela permaneceria em silêncio caso não tomasse conhecimento do conteúdo da investigação. Na nova data, a PF adiou novamente o depoimento, atendendo à reclamação da deputada.

Zambelli foi novamente intimada pela PF semanas depois. Ela seria ouvida entre 11 e 15 de setembro de 2023. Seus advogados, no entanto, pediram um terceiro adiamento. Segundo a defesa, eles não tiveram acesso a alguns atos processuais, como depoimentos ocorridos nas semanas anteriores. Um desses depoimentos foi o de Delgatti, que fora ouvido em 16 de agosto.

O Supremo decidiu, então, por unanimidade tornar Zambelli e o hacker réus no caso da invasão ao sistema do CNJ em uma decisão tomada em maio de 2024. Segundo o g1, a defesa da deputada chegou a pedir o adiamento da votação, o que foi negado.

Em outro inquérito, o das fake news, Zambelli valeu-se da mesma estratégia para adiar um depoimento. Ela seria ouvida em 2 de junho de 2020, mas pediu a remarcação para o dia 4 do mesmo mês.

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