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Tudo que você precisa saber sobre a eleição do próximo domingo

Confira as tendências que se apresentam na semana da votação para Prefeituras

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1 de 1 Imagem colorida de cidadão votando em Urna eletrônica TSE candidatos - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A cinco dias do primeiro turno da eleição que ocorrerá no próximo domingo (6/10), pesquisas mostram não apenas os cenários para a votação deste ano, mas também os possíveis caminhos da política nacional para os anos seguintes.

Um desses movimentos é o fortalecimento da direita e dos partidos do Centrão, que têm dominado nas capitais. Se confirmado, isso pode significar a manutenção da atual composição do Congresso nas eleições de 2026.

Confira as sete principais tendências:

1. O poder do mandato

As eleições de 2024 são consideradas “normais”, pois devem ser definidas, sobretudo, com base na “incumbência”, explica Antonio Lavareda, cientista político e presidente do conselho científico do Ipespe. Ou seja: a avaliação dos prefeitos em exercício pode ser decisiva para a reeleição dos que se lançaram como candidatos.

Segundo Lavareda, cerca de 80% dos prefeitos candidatos à reeleição lideram a disputa nos grandes municípios.

2. A vez do Centrão

A direita e os partidos do chamado Centrão lideram esta corrida eleitoral. Para Lavareda, o movimento acontece por conta do recuo de partidos como PSDB e, em menor grau, MDB.

Haverá uma dominância do União Brasil, PL e PSD. Segundo o agregador de pesquisas da CNN, nas cidades com mais de 200 mil eleitores, o União lidera em 16, o PL em 15 e o PSD em 14.

“Em 15 capitais, os partidos que têm o maior número de candidatos liderando são o PSD, o União Brasil e o PL”, diz Lavareda.

Pesquisas reunidas por Leonardo Barreto, doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e consultor independente, sugerem que nas grandes cidades, com mais de 200 mil eleitores, o União Brasil deve eleger o maior número de prefeitos, seguido pelo PSD e pelo PL.

3. Sinais para 2026

O processo de consolidação do centrão certamente terá reflexos nas eleições gerais de 2026, avalia Barreto. A tendência é que o Congresso continue com um perfil conservador. Isso significa que um presidente de esquerda terá dificuldade para governar.

4. Influência de Bolsonaro e Lula

Apesar de a avaliação dos atuais prefeitos ser o elemento mais relevante nas eleições deste ano, Barreto acredita que a polarização política entre direita e esquerda influenciará os resultados do próximo domingo (6/10). “A política nacional vai se transferir um pouco para a política local. A prova disso é que veremos o crescimento do PL e uma recuperação do PT”, acredita Barreto.

Ele atribui o crescimento do PL a dois fatores: a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Fundo Partidário.

Em relação à recuperação do PT – que não elegeu prefeitos nas capitais em 2020 –, Barreto pontua que ela será menos expressiva. Uma das razões é que parte expressiva dos brasileiros avalia mal o governo. “A economia está crescendo e o presidente Lula continua com indicadores de popularidade muito baixos”, ele observa.

5. Decisão em primeiro turno

Em 60% ou 65% das capitais onde os atuais prefeitos concorrem à reeleição, a disputa deve ser resolvida no primeiro turno, aposta Lavareda. Entre as capitais onde talvez não haja segundo turno, estão: Boa Vista, Florianópolis, João Pessoa, Macapá, Maceió, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória.

6. A rejeição decide o segundo turno

O segundo momento de votação tende a refletir o cenário do primeiro turno, explica Lavareda: “são os mesmos candidatos que saem do primeiro turno, deixando o segundo turno mais ou menos já configurado”.

Um fator decisivo a ser observado nas cidades que tiverem segundo turno é a rejeição, ele analisa. É mais comum o eleitor votar “para impedir que o candidato que ele não gosta vença, do que para escolher aquela pessoa que ele realmente acha mais capacitada”, acrescenta Barreto.

7. A propaganda eleitoral

Apesar da discussão sobre a força das redes sociais, o tempo de propaganda eleitoral na televisão ainda é importante, diz Lavareda:

“Aqueles candidatos com mais tempo de televisão, praticamente todos eles, cresceram bastante após o início da propaganda na TV”.

Segundo um levantamento do Ipespe/Analítica, 85% dos candidatos que estão em primeiro ou segundo lugar têm o primeiro ou o segundo maior tempo de TV, apontou ele.

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