metropoles.com

Tucanos apostam em Leite para escapar da irrelevância 

Governador dirigirá o partido a partir de 2023

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Imagem colorida de Eduardo Leite - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Eduardo Leite - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Eduardo Leite, governador eleito do Rio Grande do Sul, comandará a partir de fevereiro um partido despedaçado. Após décadas de protagonismo, o PSDB ficou sem lugar com a radicalização da direita, encolheu no Congresso e no número de governadores. Seu trabalho será unir os tucanos, fortalecer novas lideranças e atualizar seu discurso economicista envelhecido e esvaziado. E ainda entender como fazer oposição ao governo Lula.

Refém de suas escolhas, Leite teve um ano acidentado. Deixou a cadeira do Palácio Piratini para tentar a Presidência, perdeu as prévias para Dória, negociou sua candidatura com o PSD e apostou no racha partidário que acabou apoiando Simone Tebet. Perdeu o primeiro turno para Onyx Lorenzoni, mas se tornou o primeiro governador gaúcho reeleito. Salvou-se. No segundo turno da eleição presidencial entre o petismo e o bolsonarismo, preferiu a neutralidade.

“O segredo da mudança está em focar a energia em construir o novo, e não em destruir o velho (…) O primeiro passo é não nos render à radicalização e ter coragem para propor algo diferente”, afirmou em entrevista recente. E continua: “Vamos ter que promover um congresso que estabeleça uma revisão programática, atualize as bandeiras que devam ser erguidas pelo partido para que a gente possa estar sintonizado com o que se observa de demanda da sociedade.

Palavras vagas para quem tem o destino de um partido nas mãos. O discurso de responsabilidade e eficiência já não cola mais. O que os tucanos podem propor de diferente para se estabelecer como opção de centro?

Em seu campo de visão também estão as fusões partidárias ou ampliar a federação que já conta com o Cidadania. Há diálogos com o Podemos e só.

No Congresso não terá força para encarar a reeleição de Lira, os tentáculos do centrão e do orçamento secreto, nem ser alternativa ao bolsonarismo. Na Câmara, o número de parlamentares despencou de 22 para 13. No Senado, a bancada terá dois representantes a menos: 4. Leite terá que fazer oposição ao PT e ao mesmo tempo manter uma boa relação com o governo federal para garantir recursos ao seu estado.

Como perdeu a hegemonia em São Paulo, terá em Leite, na governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra, e no governador eleito no Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel suas principais vitrines. Serão eles a nova cara a sigla, ainda que Aécio ainda tenha poder interno. O PSDB é um partido à deriva, à procura de uma identidade.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?