Tratados com pompa pelo governo, prefeitos levaram benesses na volta
Políticos foram recebidos em gabinetes e tiverem pedidos atendidos e encaminhados pelos ministros
atualizado
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Na imagem acima, prefeitos e assessores fazem fila em frente a um stand do Ministério da Educação, instalado no local que aconteceu a Marcha dos Municípios, na semana passada. Ali, buscavam informações sobre acessar os programas do governo, como o cobiçado Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
Outro stand do governo requisitado pelos prefeitos era o do Ministério do Desenvolvimento Social. Todos de olho no novo Bolsa Família. O local de atendimento do Ministério da Saúde também era visitado pelos prefeitos, interessados em aderir ao Programa Nacional de Redução de Filas. Tinha também stands da Caixa e Banco do Brasil anunciando seus produtos aos políticos.
Nos ministérios, acompanhados de deputados, prefeitos eram bem atendidos. Atenção especial dos ministros com os prefeitos de sua região. Flávio Dino, da Justiça, por exemplo, recebeu um a um das dezenas de prefeitos do Maranhão que passaram por Brasília. Não foi só ele, que recebeu políticos de outros estados também. Dino chegou a ser lançado candidato à presidente pelos seus conterrâneos.
Em alguns ministérios, os prefeitos eram recebidos nos gabinetes até com o nome numa plaquinha, reforçando se tratar de uma autoridade.
Na semana passada, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) anunciou a liberação de R$ 3 bilhões parlamentares, que irão atender aos prefeitos. “Estaremos de braços abertos para receber prefeitos e prefeitas de todo o Brasil”. E foi o que aconteceu.
Somente o Ministério da Gestão pagou semana passada R$ 1,7 bilhão de emendas parlamentares de restos a pagar, prometida e não paga no governo de Bolsonaro. Essa verba vai para obras e custeio de prefeituras.