TCU também vai investigar atuação de Silvinei Vasques
Corte vai analisar possíveis desvios de recursos da PRF durante todo o período eleitoral de 2022
atualizado
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O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu uma investigação na PRF (Polícia Rodoviária Federal) para analisar se houve fraude em verba pública durante a gestão do ex-diretor Silvinei Vasques, preso nesta quarta-feira (09/08). A investigação foi determinada pelo ministro Benjamin Zymler.
A investigação visa determinar se houve desvio de finalidade “no emprego de recursos humanos, orçamentários e financeiros” durante as operações da PRF. A auditoria especial vai analisar toda a documentação da força e deve apresentar resultados até 25 de agosto.
O pedido de investigação partiu do Ministério Público de Contas ainda em 11 de julho, e pede que sejam analisadas não só as ações da PRF no segundo turno de 2022, mas sim todas as operações durante o período eleitoral.
Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Silvinei Vasques foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (9/8), em Florianópolis (SC). A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e faz parte da operação que apura o uso da máquina pública para interferir na eleição de 2022.
Segundo a PF, os fatos apurados podem configurar os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.
Silvinei passou a ser alvo de críticas de diferentes órgãos e setores políticos após operações da PRF durante o segundo turno das eleições. As ações, realizadas em diferentes estradas, contaram com maior atuação no Nordeste, região em que Lula (PT) obteve mais votos no primeiro turno.
Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação. Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.