Servidores pedem a Lira volta do uso obrigatório de máscara na Câmara
Registro de dezenas de casos nas últimas semanas, que inclui também parlamentares, é a motivação dos funcionários
atualizado
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O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do TCU (Sindilegis) enviou ontem ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lir (PP-AL), defendendo a volta do uso de máscara na casa. Tanto para o ingresso na Câmara como a permanência no interior dos prédios.
Mesmo com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), decidido pelo Ministério da Saúde, os servidores entendem que o momento é de retomar esses cuidados.
“Diante deste cenário, acreditamos ser prudente retomar o uso obrigatório de máscaras de proteção facial em espaços fechados, como é o caso da Câmara dos Deputados, que possui pouca ventilação natural, e manter os protocolos de biossegurança necessários” – afirma a mensagem do sindicato a Lira.
Os servidores argumentam que as chances de contaminação em decorrência da desobrigação do uso de máscara são potencializadas e citam estudo de um instituto da Alemanha que mostram a eficácio do uso dessa peça.
“As máscaras do tipo PFF2 (equivalente a N95, KN95 e P2) oferecem quase 100% de proteção contra a Covid-19. Assim sendo, se uma pessoa infectada pelo coronavírus tiver contato com uma saudável em um espaço fechado – mesmo a uma distância pequena e após 20 minutos – o risco de contágio é de apenas 0,1%, apontam os pesquisadores. Assim, é irrefutável que as máscaras ainda constituem uma importante medida de proteção individual e coletiva, uma vez que, quando utilizadas por todos, diminuem de maneira significativa as chances de contágio, sobretudo por pessoas mais vulneráveis” – afirma o pedido dos servidores, assinado por Alison Martins de Souza, presidente do Sindilegis.
Na semana passada, pelo menos dois deputados foram infectados pelo vírus: a deputada Magda Mofatto (PL-GO), cujo gabinete foi fechado e seus servidores dispensados, e também Gilberto Abramo (Republicanos-MG).