Semana é decisiva para Lula e Bolsonaro; leia 5 pontos centrais
Ex-presidente pode se tornar inelegível; Lula pode trocar ministra e ganhar aliado no STF
atualizado
Compartilhar notícia
A semana que se iniciou neste último domingo (18/6) promete ser uma das mais intensas da política brasileira recente, com potencial para impactar significativamente tanto a atual situação em Brasília quanto a governabilidade de Lula e as disputas eleitorais de 2024 e 2026, com a exclusão de Bolsonaro.
Leia em 5 pontos os fatos importantes da semana:
Sai Daniela, entra Sabino
Daniela Carneiro está esvaziando a sua sala no ministério do Turismo. A ainda ministra ganhou mais alguns dias no cargo para cumprir compromissos já agendados. Na última quinta-feira (18/6), Daniela apresentou, em reunião ministerial, um balanço dos 6 meses à frente da pasta.
A expectativa é que Celso Sabino (União Brasil-PA), bolsonarista próximo a Arthur Lira (PP-AL), assuma o cargo no próximo mês, após o término das viagens internacionais de Lula. Essa mudança pode trazer o apoio do partido de Luciano Bivar em votações no Congresso.
Zanin no Senado
Na quarta-feira (21/6), o advogado Cristiano Zanin, 47 anos, será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ele responderá a perguntas sobre sua atuação como potencial ministro do Supremo Tribunal Federal, abordando temas como drogas, aborto e pena de morte.
Não será difícil, já que Zanin tem o apoio de pelo menos 52 senadores. Desde que começou o seu périplo pela vaga, já se encontrou com 70 deles.
Caso se torne ministro, Zanin poderá ficar na vaga até 2051, quando completará 75 anos de idade.
Copom e a taxa de juros
Também na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá manter a taxa básica de juros em 13,75%. Essa seria a sétima decisão consecutiva de manutenção da Selic nesse patamar.
Alguns governistas veem Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, como o principal opositor de Lula na atualidade. No sábado (17/6), o presidente da República afirmou que a inflação vai “diminuir mais”.
Juiz de garantias
O Supremo Tribunal Federal retomará, na quarta-feira (21/6), a análise sobre a criação da figura do juiz de garantias. Esse magistrado atuaria antes de uma investigação se tornar um processo penal, autorizando buscas, operações, entre outros.
Essa proposta foi incluída por congressistas no pacote anticrime de Sergio Moro em 2019, visando promover maior imparcialidade do juiz, já que o magistrado na fase de investigação não seria o mesmo do julgamento do processo.
Bolsonaro inelegível
Na quinta-feira (22/6), o Tribunal Superior Eleitoral irá julgar Jair Messias Bolsonaro (PL). Ele é acusado de abuso de poder político em relação aos ataques à urna eletrônica e ao processo eleitoral durante uma reunião com embaixadores estrangeiros em 2022.
O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação dos direitos políticos do ex-presidente por 8 anos, o que o tiraria da disputa presidencial em 2026 e em 2030. Votam os ministros Alexandre de Moraes, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia, Sergio Silveira Banhos, Carlos Horbach, Raul Araújo Filho e Kassio Nunes Marques.