Sem Putin, Lula será o centro das atenções na cúpula dos Brics
Presidente russo não pode pisar na África do Sul; grupo definirá critérios para a adesão de outros parceiros
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca neste domingo (20/08) para a África do Sul. O petista deve liderar e ser o centro das atrações da cúpula dos Brics, que nesta edição vai definir os critérios para a adesão de outros países no bloco econômico.
O russo Vladimir Putin não pode pisar na África do Sul. Ele recebeu uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra contra a Ucrânia. Por ser integrante do TPI, a África do Sul seria obrigada a prender Putin. No lugar dele, quem representará a Rússia será o decano das relações internacionais, Sergey Lavrov.
Lula e os outros líderes do Brics vão usar desta reunião para decidir quais critérios serão tomados para incluir novos países na equipe. Atualmente, o grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Pelo menos 20 países já demonstraram interesse em entrar no Brics. Os vizinhos Venezuela e Argentina, por exemplo, já pediram formalmente a admissão. Mas outras nações estão mais adiantadas, com o suporte da China, como Egito e Irã.
Com Lula à frente, o grupo também deve conversar sobre a adoção de uma moeda única para o comércio entre si. A China de Xi Jinping, tenta fazer com que o dólar seja substituído pelo yuan. Uma das mais recentes manobras para reforçar a influência da moeda internacionalmente foi o acordo entre a Argentina, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco do Povo da China: parte da dívida dos hermanos foi paga com yuan. Quase US$ 2,7 bilhões.
A África do Sul tenta fazer com que esta cúpula do Brics tenha um peso geopoliticamente maior . O presidente Cyril Ramaphosa convidou 67 nações para participar, e destas, 34 já confirmaram presença.