Sem Moro, União Brasil não deve embarcar em candidatura de Rosângela
Ex-juiz da Lava Jato, que corre o risco de ser cassado, planeja lançar a mulher à vaga que será aberta no Senado
atualizado
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O União Brasil já considera como perdida a vaga no Senado de Sergio Moro (PR). O senador, julgado no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, pode ser cassado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022 por ter usado recursos do Podemos, quando era pré-candidato à Presidência da República, para alavancar sua candidatura ao Senado Federal.
No início de março, Moro passou a atuar pela troca de domicílio eleitoral da mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), de São Paulo para o Paraná. Assim, ela poderia concorrer à vaga no Senado com os espólios do marido.
Mesmo com esse movimento, o União Brasil não deve embarcar na candidatura de Rosângela no Paraná. A avaliação é que a “pré-candidata” não tem força suficiente para se eleger no Estado.
A cúpula do União prevê que a direita estará muito fragmentada em uma possível eleição suplementar e que, agora, não seria interessante lançar um candidato. Na direita, há Michelle Bolsonaro (PL), Paulo Martins (PL), Ricardo Barros (PP) e Álvaro Dias (Podemos) como “pré-candidatos”.
Moro saiu ganhando no primeiro dia de julgamento, já que o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator, votou contra o pedido de inelegibilidade do senador. Para ele, PT e PL não conseguiram comprovar os alegados gastos excessivos na campanha, nem benefícios que ele teria obtido com exposição pública indevida. O julgamento continua amanhã (03/04).