Sem indiciamento no caso das joias, PL apostará em Michelle Bolsonaro
Imagem da ex-primeira-dama deve ser usada a exaustão; ela lidera disputa pelo Senado no Distrito Federal
atualizado
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Apontada durante as investigações da Polícia Federal como destinatária das joias presenteadas pela Arábia Saudita ao Brasil, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não foi indiciada pela PF no esquema de venda ilegal dos objetos do acervo presidencial.
Na investigação, Michelle seria a destinatária do kit de joias Chopard, que entrou em território brasileiro com um ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O “presente” era composto por um colar, anel, relógio e brincos de diamantes. A Polícia Federal estimou o kit em R$ 5 milhões.
A preservação de Michelle fará com que o Partido Liberal intensifique a campanha positiva em torno da imagem da ex-primeira-dama. Enquanto Jair Bolsonaro (PL) segue inelegível, e agora indiciado, Michelle segue líder nas pesquisas para o Senado do Distrito Federal.
Ainda que a eleição de 2026 esteja longe, o PL vai usar como ensaio a eleição deste ano para alavancar a imagem de Michelle. Ela é considerada popular, carismática e… razoável. Michelle representa um bolsonarismo mais ligado ao partido, segundo avaliam integrantes do PL.
De acordo com levantamento da Paraná Pesquisas, Michelle Bolsonaro tem 35,5% das intenções de voto para o Senado no DF. O atual governador, Ibaneis Rocha (MDB), aparece em segundo lugar, com 28%. Importante lembrar que daqui a dois anos são eleitos dois senadores por UF.
Eis os resultados da Paraná Pesquisas:
- Michelle Bolsonaro (PL) – 35,5%;
- Ibaneis Rocha (MDB) – 28,7%;
- Fred Linhares (Republicanos) – 26,1%;
- Erika Kokay (PT) – 18,9%;
- Bia Kicis (PL) – 12,2%;
- Leila Barros (PDT) – 11,5%;
- Rosilene Corrêa (PT) – 9,4%;
- Não sabe/não respondeu – 3,6%;
- Nenhum/branco/nulo – 11,1%.
O Paraná Pesquisas entrevistou 1.360 eleitores do Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas presencialmente de 29 de junho a 2 de julho. A margem de erro é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.