Se não fosse pelo caso Marielle, Câmara libertaria Chiquinho Brazão
Centrão só manterá deputado preso pela gravidade do caso e por medo da reação popular
atualizado
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Há um debate acalorado entre alguns deputados de partidos de Centro na Câmara sobre a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ). O pedido de vista que levou para as próximas semanas a decisão sobre a soltura dele foi um dos recados que os deputados podiam dar naquele momento ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente Arthur Lira (PP-AL).
A Lira, o recado é pelo presidente da Câmara não “proteger” seus deputados e “não permitir” que façam seus trabalhos direito. Como o blog mostrou, o partido Novo foi o boi de piranha nessa história.
Já ao STF, a mensagem é que a Câmara está insatisfeita com os mandos e desmandos contra deputados. Há quem diga que se não fosse a gravidade e interesse público do caso Marielle, Chiquinho Brazão seria liberado pelos seus pares.
Os deputados avaliam que o desgaste com a população por liberar um mandante de assassinato seria muito grande e ineficiente por ora. A avalização é que a Câmara precisa do apoio popular para avançar com pautas contra o STF e que a liberdade de Brazão atrapalharia esse apoio.
Chiquinho Brazão está preso desde 24 de março, quando o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão dele, do irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,
O trio é acusado pela Polícia Federal (PF) como sendo mandante dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Segundo relatório da PF, o crime teria sido idealizado pelos irmãos Brazão e meticulosamente planejado por Rivaldo Barbosa.