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Viagra faz parte da cesta de produtos essenciais para os militares

Que tal uma CPI para apurar o que pode ser mais um escândalo?

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1 de 1 viagra - Foto: Pfizer/Reprodução

Filé mignon, picanha, salmão, cerveja e uísque sempre fizeram parte do cardápio dos militares de alta patente. Se não enfrentam uma guerra desde a última, contra o Paraguai, que se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870, nem por isso eles deixam de se exercitar. A vida nunca foi fácil para ninguém.

Sabe-se agora que um novo item foi acrescentado à cesta de produtos essenciais para os fardados: a Sildenafila, nome bem comportado do que é chamado comercialmente de Viagra, o comprimido azul, de sucesso planetário para tratar disfunção erétil. Sim, para resgatar ou aumentar a potência sexual.

Informações obtidas pela colunista Bela Megale, de O Globo, dão conta de que o Ministério da Defesa comprou 28.320 comprimidos de Viagra para a Marinha, 5 mil para o Exército e 2 mil para a Aeronáutica. Ignora-se porque a Marinha teve direito a uma quantidade quase 6 vezes maior do que a do Exército.

Talvez porque a Marinha seja a Força mais antiga. Talvez porque os marinheiros sempre tiveram a fama de aprontar nos portos mundo afora. A Marinha e a Aeronáutica manifestaram-se sobre a compra da pílula, o Exército, não. Disseram que ela é usada para tratar pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).

De fato, o Viagra, ou melhor, a Sildenafila, serve para isso, mas não nas dosagens das unidades encomendadas pelas Forças Armadas. As dosagens foram de 25 mg ou 50 mg. Segundo a bula do remédio, o Viagra nesses dosagens, ou na de 100 mg, são indicadas apenas para “tratamento da disfunção erétil”. É isso aí.

Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) vão acionar o Ministério Público Federal para que apure se houve superfaturamento na compra do Viagra para as Forças Armadas.  Segundo eles, o índice de sobrepreço pode ter chegado a 143%, e querem uma explicação.

Em 2020, cada comprimido para atender às necessidades do Exército custou R$ 1,50. Menos de um ano depois, para satisfazer o apetite da Marinha, pagou-se R$ 3,65 por comprimido. “Além de gastar dinheiro público com Viagra, tudo indica que o governo ainda comprou o remédio acima do preço de mercado”, disse Vaz.

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