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Viagem de Lula aos Estados Unidos tem tudo para terminar bem

Foi Biden o primeiro chefe de Estado a reconhecer os resultados das eleições de outubro último

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
Lula e Janja chegam a Washington
1 de 1 Lula e Janja chegam a Washington - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Atribui-se a sentença a um ex-presidente da República: “Metade dos problemas não tem solução; a outra metade se resolve sozinha”. A sentença seguinte tem autor conhecido, o ex-vice-presidente Marco Maciel: “Quem tem prazo não tem pressa”.

Lula desembarcou em Washington para reunir-se com o presidente Joe Biden levando no alforje pelo menos três assuntos preferenciais: de um lado, a defesa da democracia e a preservação da Amazônia; do outro, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A guerra, segundo a proposta de Lula, deveria ser resolvida em uma mesa de negociações, onde haveria assento para os beligerantes e os demais interessados na obtenção de uma paz mais ou menos rápida. Em que prazo? Aí reside o nó. Sem pressa.

Vladimir Putin, o czar da Rússia moderna, não invadiu a Ucrânia para sair de lá de mãos abanando. Nem a Ucrânia, a parte mais fraca, não resistiu até agora a mais de um ano de mortes e destruição para, ao cabo, ceder partes vitais do seu território.

Nem por isso, a proposta de Lula é desprezível. Quem ganha com uma guerra prolongada e que afeta tão profundamente a economia mundial? “Quando um não quer, dois não brigam”, disse Lula. Errou. Foi a Rússia quem quis brigar. A Ucrânia só se defende.

O problema não se resolverá sozinho; o custo seria insuportável. E pode ter uma solução, sim, desde que os Estados Unidos, a China e a Comunidade Europeia atuem nesse sentido. Guerras terminam com a vitória de um, a derrota do outro ou um acordo de paz.

Foi a derrota da Alemanha nazista que pôs fim à 2ª Guerra Mundial. Foi um acordo de paz que pôs fim à intervenção americana no Vietnã. Antes, ali, chineses e franceses haviam sido derrotados. Por não terem como vencer, os americanos saíram.

A defesa da democracia e a preservação da Amazônia deverão ser os pontos de destaque no comunicado conjunto a ser assinado por Lula e Biden. Os dois sentiram na pele as dores de uma democracia sob ameaça – Lula sentiu mais do que Biden, e ainda sente.

A preservação da Amazônia está no cume da agenda climática. Os Estados Unidos anunciarão sua intenção de injetar recursos no Fundo Amazônia, como já fazem outros países da Europa, e a Alemanha poderá fazer em breve.

A forte presença da China na América Latina preocupa o governo americano, que gostaria de enfraquecê-la. Lula não arredará pé da política de neutralidade do Itamaraty. Afinal, China e Estados Unidos são os dois maiores parceiros comerciais do Brasil.

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