União Brasil, partido de Bivar e ACM Neto, nascerá dividido
Eleição para governador da Bahia está na raiz do que separa os dois caciques
atualizado
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O deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, partido em processo de fusão com o DEM de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, defende que o futuro União Brasil, à espera de registro na Justiça Eleitoral, tenha candidato à sucessão de Bolsonaro.
ACM Neto defende justamente o contrário. Por enquanto, quem paga pela divergência entre os dois caciques é o ex-juiz Sérgio Moro, candidato do PODEMOS. O União Brasil será o maior partido na Câmara e o mais rico tão logo fique pronto.
Natural que Moro ambicione mudar-se para ele porque o PODEMOS é um partido nanico. Mas isso esbarra no projeto de ACM Neto de se eleger governador da Bahia, como três vezes foi seu avô, Antonio Carlos Magalhães. Aí está o imbróglio.
Em conversas com o ex-ministro José Dirceu e outros nomes do PT que repassam seus recados a Lula, ACM Neto revela a disposição de ser candidato ao governo da Bahia mantendo distância de todos os candidatos a presidente da República.
Em troca, espera apenas que Lula não faça muita força para derrotá-lo. No momento, ele ainda está à frente de Jaques Wagner, candidato do PT a governador do seu Estado, nas pesquisas de intenção de voto. Mas se Lula se empenhar por Wagner, complica.
Como o PSL é maior do que o DEM, Bivar é quem mandará no União Brasil. ACM Neto quer continuar dono do seu próprio destino.