União Brasil descarta Mandetta para não trombar com Bolsonaro
O nome da vez para o lugar de Luciano Bivar é o da senadora Soraya Thronicke
atualizado
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Uma vez que seu dirigente, Luciano Bivar (PE), com zero nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, decidiu tentar se reeleger deputado federal, o União Brasil, o mais rico partido do país, está atrás de um nome que possa substituí-lo.
A candidatura de Bivar à vaga de Bolsonaro nunca foi levada a sério por seus colegas de legenda. Ela atendia, porém, aos interesses do União Brasil de disfarçar seu forte viés bolsonarista. Lula, jamais, mas Bolsonaro, se for o caso, vamos nessa.
À procura de um candidato para chamar de seu, em troca de telefonemas aflitos ao longo do domingo, os principais caciques do partido pensaram, primeiramente, em Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.
Mandetta foi deputado federal do DEM, que se uniu ao PSL para dar origem ao União Brasil. É candidato ao Senado pelo Mato Grosso do Sul e enfrenta a parada indigesta de derrotar Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura e candidata ao Senado.
Mas antes de sondarem Mandetta, os caciques do União Brasil tiveram o cuidado de se informar sobre como Bolsonaro reagiria à escolha do nome. E souberam que ele não os perdoaria por isso. Então, deram meia-volta porque não queriam encrenca.
É possível que o candidato de conveniência seja a senadora Soraya Thronicke, também do Mato Grosso do Sul, que já foi bolsonarista e agora se diz independente. Não é bem assim, mas tudo bem. Ela tem mais quatro anos de mandato e, portanto, nada a perder.