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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

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Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Que tal anistiar os golpistas de 8 de janeiro que estão presos e os que estão sendo processados, mas ainda não foram condenados? Respostas de 2.528 leitores:<br />
Sou contra &#8211;<strong> 82,3%<br />
</strong>Sou a favor &#8211; 16,2%<br />
Não tenho opinião &#8211; 1,5%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Agentes da Polícia Federal efetuam perícia no prédio-sede do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta segunda-feira (09/01). O prédio foi invadido e depredado por militantes bolsonaristas no dia de ontem (08/01)

STF – golpistas – bolsonaristas – planalto – senado –

Anistia para os golpistas?

<p style="font-weight: 400;"><em>“Por falta de conhecimento meu povo pereceu. Deus, Pátria, Família e Liberdade. Não se preocupem comigo. Escolhi esse caminho. Sou um homem muito feliz.” (</em><strong>Bolsonaro</strong>, ao saber que fora indiciado pela Polícia Federal por roubo de joias do Estado brasileiro. Aleluia, Senhor!)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida mostra o presidente jair bolsonaro ao lado de conjunto de joias - Metrópoles

bolsonaro joias

Frase do dia

<p style="font-weight: 400;">15 de setembro de 2016, o dia de Deltan Dallagnol, o caçador</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<figure id="attachment_2727713" aria-describedby="caption-attachment-2727713" style="width: 300px" class="wp-caption alignnone"><img loading="lazy" decoding="async" class="size-medium wp-image-2727713" src="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/07044550/Blog26-1-1-360-300x170.jpg" alt="Jornais na Lava Jato" width="300" height="170" data-description="Reprodução " srcset="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/07044550/Blog26-1-1-360-300x170.jpg 300w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/07044550/Blog26-1-1-360-150x85.jpg 150w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/07044550/Blog26-1-1-360.jpg 761w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /><figcaption id="caption-attachment-2727713" class="wp-caption-text">Jornais na Lava Jato</figcaption></figure>
<p style="font-weight: 400;">6 de junho de 2023, o dia de Dallagnol, o cassado</p>
<figure id="attachment_2727677" aria-describedby="caption-attachment-2727677" style="width: 300px" class="wp-caption alignnone"><img loading="lazy" decoding="async" class="size-medium wp-image-2727677" src="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-300x200.jpeg" alt="Foto colorida mostra o ex-deputado federal Deltan Dallagnol - Metrópoles" width="300" height="200" data-description="Igo Estrela/Metrópoles" srcset="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-300x200.jpeg 300w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-1024x683.jpeg 1024w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol.jpeg 1200w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-960x640.jpeg 960w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-600x400.jpeg 600w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-450x300.jpeg 450w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-120x80.jpeg 120w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-70x47.jpeg 70w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/06/06224738/deltandallagnol-150x100.jpeg 150w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /><figcaption id="caption-attachment-2727677" class="wp-caption-text">Ex-deputado Deltan Dallagnol deixa o plenário da Câmara dos Deputados</figcaption></figure>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div></p>

<p>Vinícius Schmidt/Metrópoles </p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

Deputado Deltan Dallagnol se despede do Plenário Ulysses Guimarães 5

Os últimos passos de Dallagnol após perder o mandato também na Câmara

Após cassação, Deltan Dallagnol afirma: “Não faria nada diferente”

Derrotado novamente, Deltan Dallagnol ainda tenta recorrer ao STF

Com cassação confirmada, Dallagnol recebe ordem para liberar gabinete

Tchau, querido! (Ou as voltas que o mundo dá)

Tchau, querido! (Ou as voltas que o mundo dá) | Metrópoles

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">A liberação de R$ 30 bilhões em emendas parlamentares pelo governo </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) a prefeituras de todo o país permitiu ao presidente pedir ao presidente da Câmara, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira"><span style="font-weight: 400;">Arthur Lira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PP-AL), o regime de urgência da reforma tributária. Com isso, o texto segue diretamente ao Plenário.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Inicialmente, esperava-se que os deputados votassem o regime, mas o governo pode abreviar o processo e definir a urgência por conta própria. Essa medida também acelera a tramitação no Senado, que terá 45 dias para apreciar o texto após a aprovação na Câmara.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-pede-urgencia-para-tramitacao-da-reforma-tributaria-no-congresso">Lula pede urgência para tramitação da reforma tributária no Congresso</a>
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    </ul>
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<p><span style="font-weight: 400;">Se as leis complementares da reforma tributária forem aprovadas em 11 de julho, o Senado tem até 25 de agosto para votar. O prazo de 45 dias é contínuo, incluindo fins de semana e feriados. O objetivo é agilizar a tramitação e votação do projeto, garantindo prioridade ao tema.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Esse prazo começa a contar a partir do momento em que a urgência é aprovada pelo Plenário da Câmara. Se o projeto não for votado dentro desse período, ele passa a trancar a pauta, impedindo a deliberação de outras matérias até que o projeto em regime de urgência seja votado.</span></p>
<h4><span style="font-weight: 400;">Emendas</span></h4>
<p><span style="font-weight: 400;">A liberação dos R$ 30 bilhões em emendas deve ocorrer até sábado, 6 de julho, três meses antes das eleições de 2024. O valor inclui as </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/governo-cumpre-acordo-com-congresso-e-paga-r-42-bi-em-emendas-pix"><span style="font-weight: 400;">emendas Pix</span></a><span style="font-weight: 400;">, fruto de um acordo entre o governo e o Congresso.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

PT Lira Lula

Emendas permitem que Lula acelere apreciação da tributária na Câmara

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Não gosto do termo “<em>populismo</em>”, como tem sido empregado. O “<em>populismo</em>” é muito mais uma nomenclatura atribuída a algo ocorrido, do que uma variável explicativa. Trata-se mais de uma consequência, do que uma variável causal.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O “<em>populismo</em>” é definido no Cambridge Dictionary como “<em>as ideias políticas e atividades que têm por objetivo obter o suporte popular dando a eles o que eles querem</em>”. Qual sistema presidencialista ou parlamentarista não funciona assim, na tentativa de atender aos interesses de seus cidadãos?</p>
<p style="font-weight: 400;">A noção de “<em>populismo</em>” é fortemente conectada a juízo de valor negativo, ou desqualificante. Assim, a Bolsonaro, a Trump, a Milei, são atribuídos este conceito na negatividade de suas ações. Na verdade, a base política do que hoje se chama de “<em>populismo</em>” decorre do achatamento das classes médias em geral, propiciando reações <em>fascistas</em> em suas atitudes e conteúdo, como variável explanatória. Os governos Lula I e Lula II tiraram milhões de pessoas da linha da miséria, retornados à sua condição anterior a partir do governo Dilma, gerando a base coletiva das ações exacerbadas de apoio e de eleição de Bolsonaro. O assim hoje chamado de “<em>populismo</em>” é uma consequência desta variável econômica e social de deterioração das classes médias.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O mesmo ocorre com a noção de “<em>presidencialismo por coalizão</em>”, definido como “<em>um governo sustentado por vários partidos políticos, que cooperam, o que reduz o domínio de qualquer uma das partes dentro dessa coalizão, sem que nenhum partido político alcance a maioria no parlamento, o que força uma aliança política</em>”. Em qual país presidencialista ou parlamentarista isto não é assim, na dissensão ou formação da maioria por um, dois ou mais partidos?</p>
<p style="font-weight: 400;">Este conceito vem imbuído de juízo de valor no caso brasileiro. Mais expressa um <em>post factum,</em> como explicação <em>ad hoc</em>, do que a uma variável explicativa da origem do fenômeno, atribuído a nosso país. Weber fala-nos sobre o estado patrimonial, onde o estado se apropria do bem público como se fosse privado, em oposição ao estado racional-legal, na representação política do cidadão, com uma burocracia funcional estável. Phillipe Schmitter diz que o Brasil é um dos casos mais bem sucedidos de controle do estado e dos partidos por uma elite, que se apropria, conjuntamente com o estamento político, do bem público. Isto em um país onde os 5% livres do orçamento da união são repartidos em 2,5% para o executivo, e 2,5% em emendas parlamentares, na apropriação do estado pelo capital.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os termos “<em>populismo</em>” e “<em>presidencialismo por coalizão</em>” são descritivos de situações, mas não variáveis causais. Há que se ter cuidado na utilização dos conceitos.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;"><em>Ricardo Guedes é Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago</em></p>
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Trump, Milei e Bolsonaro

O “populismo” (por Ricardo Guedes)

<p><span style="font-weight: 400;">Depois de uma </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/lula-deu-mais-entrevistas-em-junho-do-que-todos-outros-meses-de-2024"><span style="font-weight: 400;">série de entrevistas</span></a><span style="font-weight: 400;"> em junho e no início deste mês, o presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) deve pedir para ministros selecionados que intensifiquem críticas a </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/roberto-campos-neto"><span style="font-weight: 400;">Roberto Campos Neto</span></a><span style="font-weight: 400;"> e sua gestão à frente do </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/banco-central"><span style="font-weight: 400;">Banco Central</span></a><span style="font-weight: 400;"> (BC) do Brasil.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Ministros como </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/simone-tebet"><span style="font-weight: 400;">Simone Tebet</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Planejamento e Orçamento), </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/carlos-favaro"><span style="font-weight: 400;">Carlos Fávaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Agricultura) e </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/silveira-culpa-irresponsabilidade-de-paulo-guedes-por-energia-cara"><span style="font-weight: 400;">Alexandre Silveira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Minas e Energia) devem reforçar o petista nas falas contra os juros altos. Esse último destacou o tema ontem (04/07), em inauguração de um complexo eólico na Bahia. “O mais importante para a gente impulsionar o crescimento nacional é a queda de juros. Disso, nós não podemos admitir. Um país que tenha 6,5% de juros real”, afirmou o ministro. </span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/lula-vai-propor-alteracao-no-mandato-no-bc-sem-mexer-na-autonomia">Lula vai propor alteração no mandato no BC, sem mexer na autonomia</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/lula-critica-mercado-dinheiro-educacao">Lula critica mercado e diz que não faltará dinheiro para educação</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/lula-diz-pais-governado-pouca-massa-encefalica">Lula diz que país foi governado por gente com &#8220;pouca massa encefálica&#8221;</a>
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    </ul>
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<p><span style="font-weight: 400;">Quem ficará de fora é </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-haddad"><span style="font-weight: 400;">Fernando Haddad</span></a><span style="font-weight: 400;">. A avaliação é que falas dele, assim como as de Lula, podem influenciar fortemente o mercado, para bem ou para mal. Por isso, o ministro da Fazenda será preservado.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Na quarta-feira (03/07), o </span><a href="https://www.metropoles.com/negocios/dolar-cai-quase-2-apos-lula-mudar-de-tom-e-fecha-cotado-a-r-556"><span style="font-weight: 400;">dólar voltou a cair</span></a><span style="font-weight: 400;"> depois que o presidente Lula mudou o discurso sobre responsabilidade fiscal. Em evento de lançamento do Plano Safra, no Palácio do Planalto, o petista disse que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo e que o país jamais será irresponsável nessa área. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Haddad também deu declarações que animaram o mercado, afirmando que o governo vai cortar até R$ 25,9 bilhões em despesas de benefícios sociais. O contingenciamento é uma das bandeiras levantadas pelo mercado financeiro.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
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Ministra do Planejamento Simone Tebet, discursam em painel sobre reforma tributária na XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios - Metrópoles

Ministra do Planejamento Simone Tebet, discursam em painel sobre reforma tributária na XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios 5

Ministros devem reforçar Lula em críticas contra Campos Neto

<p>O presidente Lula prestigiou mais uma vez a sua equipe econômica. Na quarta-feira, autorizou o seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reafirmar compromisso fiscal de Lula e anunciar corte de R$ 25,9 bi no orçamento. O dólar caiu.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Lula sabe que Haddad é, hoje, o único quadro do PT que tem dimensão nacional para disputar a presidência da República em 2026, caso ele (Lula) venha a decidir lá na frente não disputar a reeleição.</p>
<p>Política é como nuvem. Muda toda hora. Nos últimos dias, vimos movimentações de nuvens políticas que precisam ser observadas com atenção. No Brasil, refiro-me a falas recentes do presidente Lula sinalizando que poderá não ser candidato à reeleição em 2026.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Em Política, os sinais e gestuais contém significados muitas vezes tão ou mais importantes do que afirmativas e decisões. Simplesmente porque mexem com as expectativas de poder. Olha aí as expectativas. Sempre elas. São elas que movimentam a Política do Poder Político e a Política do Poder Econômico.</p>
<p>Em ambiente nacional de conjuntura de crise de confiança e desancoragem das expectativas econômicas e políticas, o sinal de Lula de que poderá não ser candidato cria uma expectativa de vácuo que certamente será preenchido rapidamente. Em Política, sabemos, não existe vácuo.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>De pronto, o vácuo fragiliza ainda mais a governança e a governabilidade do governo Lula. Na seqüência, poderá antecipar e acelerar disputas políticas pela sucessão presidencial. De qualquer forma, a sucessão está posta.</p>
<p>Com sua decantada intuição e inteligência política, cabe ao presidente Lula se recompor e rearticular para não perder a iniciativa de Agenda, mais do que já perdeu. Já fez isto nesta semana, na quarta-feira, com a reafirmação do seu compromisso fiscal.</p>
<p>Agora, vai buscar protagonismo político nas eleições municipais deste ano. E deverá trabalhar nos bastidores para não ter adversários ferrenhos nas sucessões da Câmara Federal e do Senado da República.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>E, lá na frente, qual poderá ser resultante? Disse-me um experiente observador da cena política nacional que Lula está virando para-raios da insatisfação. Por contraste, diz ele, isto pode melhorar o cacife de Fernando Haddad para 2026. Por enquanto, o governo só tem dois candidatos com viabilidade nacional: Lula e Haddad.</p>
<p>Para este mesmo observador, a oposição ainda não tem nenhum candidato com viabilidade nacional. O governador Tarcisio de Freitas está contido em São Paulo. Sem Jair Bolsonaro, e com Tarcisio contido, não tem muita alternativa. “Sobra” o governador Caiado, de Goiás.</p>
<p>O presidente Lula precisa se preservar. Já temos notícias de que os seus companheiros de primeira hora, os chamados “cabeças brancas do PT”, passaram a ser ouvidos por ele. São os que têm lastro político e coragem para divergir dele, apontar erros e sugerir soluções.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Ninguém é infalível. Lula não é infalível. Janan Ganesh, analisando outro dia no Financial Times a saga de Joe Biden e dos democratas nos EUA, e a nova saga do Partido Trabalhista no Reino Unido, referiu-se ao que ele denominou como “a tragédia do negacionismo da esquerda”. Para ele, a esquerda tem “aversão ao conflito com pessoas de ideias semelhantes”.</p>
<p>Vem daí a pertinência de ouvir os “cabeças brancas” do PT. Ganesh lembra que “o teste da seriedade política é confrontar o próprio lado”. Como nos lembrou Chico Buarque no primeiro mandato do próprio Lula, trata-se de ter o “ministério do vai dar merda”.</p>
<p>Maria Cristina Fernandes registrou ontem no Valor que um dos economistas que Lula ouviu na sexta-feira (28 de junho) lhe disse: “É uma questão de poder real. A Presidência tem poder formal, é o mercado que tem poder real”. Não foi o BC independente quem o inventou, lembra Maria Cristina.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Ela lembra também que Belluzzo , presente na mesma reunião, costuma citar Keynes: “As regras autodestrutivas da finança são capazes de apagar o sol e as estrelas porque não pagam dividendos”.</p>
<p>No final da sua coluna desta quinta-feira, Maria Cristina faz um registro relevante, que precisa ser objeto de reflexão de Lula, da sua equipe e do PT: “ao aceitar que o mercado tem um poder contra o qual não tem instrumentos para concorrer, Lula, paradoxalmente, mantém o Brasil no jogo da resistência ao avanço da extrema direita”.</p>
<p>É por isto que Lula precisa se preservar. Em legítima defesa da democracia, o bem maior, razão pela qual foi eleito em 2022.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Assim se locomovem as nuvens políticas no Brasil.</p>
<p><strong><em>*Pós-doutor em Ciência Política pela The London School of Economics and Political Science.</em></strong></p>


Imagem colorida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Fernando Haddad - Metrópoles

foto-lula-e-haddad-1

As nuvens políticas no Brasil (por Antônio Carlos de Medeiros)

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Flávio Bolsonaro quita mansão de R$ 5,97 milhões 27 anos antes do previsto. Isso significa o quê? Respostas de 1.184 leitores:<br />
Que aí tem o que explicar &#8211; <strong>75,8%<br />
</strong>Que ele nada em dinheiro &#8211; 14,2%<br />
Que apenas é bem-sucedido &#8211; 10,1%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Flavio bolsonaro durante CPMI dos atos anti democráticos no 8 de janeiro

E o senador da rachadinha?

<p><span style="font-weight: 400;">O </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/mst"><span style="font-weight: 400;">MST</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) prepara para a próxima semana um encontro nacional para definir as estratégias gerais do movimento social para as eleições de 2024. Como a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, mostrou, o MST prepara até 700 candidatos às prefeituras, vice-prefeituras e câmaras municipais para o pleito daqui a 90 dias.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Para ajudar na construção das campanhas, o governo escalou um “dream team” (time dos sonhos). A conferência contará com a participação de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/gleisi-hoffmann"><span style="font-weight: 400;">Gleisi Hoffmann</span></a><span style="font-weight: 400;">, presidente do PT, Paula Coradi, presidente do PSol, e Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Um dos pilares do encontro será a presença de Sidônio Palmeira, marqueteiro da reeleição de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) na campanha de 2022 e um dos responsáveis pela estratégia “</span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/nova-estrategia-de-comunicacao-de-lula-aposta-em-gatilho-cognitivo"><span style="font-weight: 400;">Fé no Brasil</span></a><span style="font-weight: 400;">”, que procura aproximar o governo e o público evangélico.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O marqueteiro Otávio Antunes, marqueteiro de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-haddad"><span style="font-weight: 400;">Fernando Haddad</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Fazenda) nas eleições de 2022, também estará presente. Ele foi um dos responsáveis pela campanha do candidato derrotado Sergio Massa para a presidência da Argentina.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O ex-ministro </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jose-dirceu"><span style="font-weight: 400;">José Dirceu</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) também deve ser um dos palestrantes. É um dos nomes mais importantes do PT e se movimenta, desde o ano passado, para reconquistar a importância infinda que já teve em outros tempos no Partido dos Trabalhadores.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O suporte do PT e de Lula ao MST vem combinado com a estratégia de povoar as candidaturas em todo o país com personagens da esquerda. A avaliação é que a direita conservadora já conseguiu adentrar em diversos temas clássicos do progressismo, sendo necessário um contra-ataque.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O encontro será realizado de 9 a 11 de julho na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, interior de São Paulo.</span></p>
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Imagem colorida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante lançamento da versão do Plano Safra 2024/2025 voltada para a agricultura familiar - Metrópoles

foto-presidente-lula-agricultura-familiar-plano-safra-MST

Governo escala “dream team” para campanha do MST nas eleições

<p><span style="font-weight: 400;">Visando alavancar a produção de arroz por agricultores familiares, o governo </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) lançou o programa “Arroz da Gente”, que oferece crédito para pequenos produtores que fornecem o cereal ao mercado. A iniciativa também busca facilitar o acesso a pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A expectativa é que o programa atenda inicialmente 200 municípios e mais de 10 mil famílias, abrangendo cidades nos estados de Maranhão, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/com-leilao-do-arroz-cancelado-lula-quer-acordo-com-produtores-gauchos">Com leilão do arroz cancelado, Lula quer acordo com produtores gaúchos</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">No plano de incentivo à produção da cultura, está prevista a elaboração de um diagnóstico da produção de arroz, feijão e mandioca pela agricultura familiar. O objetivo é construir um sistema de informações abrangente sobre a produção da agricultura familiar, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, visando direcionar outras políticas públicas que fortaleçam os territórios.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A medida reforça as ações que o governo federal já vem executando contra a escassez de arroz. Como o blog </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/com-leilao-do-arroz-cancelado-lula-quer-acordo-com-produtores-gauchos"><span style="font-weight: 400;">mostrou</span></a><span style="font-weight: 400;">, o governo propôs aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul um plano de reabastecimento do cereal em localidades que registrarem falta do produto. A iniciativa visa distribuir o arroz nessas cidades para aumentar a oferta e, consequentemente, diminuir os preços.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), a colheita de 2023/24 deve alcançar 7,2 milhões de toneladas, superando o volume da safra passada, de 6,9 milhões de toneladas. Devido às chuvas, as perdas estão estimadas em cerca de 250 mil toneladas.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Não há risco de desabastecimento, segundo o governo Lula. O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção de arroz no país e já havia colhido e ensacado 80% de toda ela.</span></p>


arroz

Arroz: governo lança programa para fortalecer agricultura familiar

Marco Miguel

<p>Não faz muito tempo, os partidos de esquerda eram sinônimo de crítica, revolta e um projeto para transformar a sociedade enfrentando suas desigualdades. (Ainda é essa imagem, no discurso calculadamente falso da direita, que chama Lula de comunista). Hoje consolidou-se seu papel de defender a democracia de mercado contra os avanços da extrema-direita, sem propostas que despertem as esperanças de um futuro melhor para a população. Como isso aconteceu?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A socióloga Stephanie L. Mudge, autora de <em>Leftism Reinvented: Western Parties from Socialism to Neoliberalism (sem publicação no Brasil)</em>, tem parte da resposta, oferecida em entrevista ao podcast The Dig e traduzida para o português pelo site Jacobin Brasil. Ela argumenta que as crises econômicas forçaram os partidos de esquerda no Ocidente a mudar seus discursos. Deixaram o socialismo para abraçar o keynesianismo e a partir dos anos 1990, foram assaltados pelo neoliberalismo.</p>
<p>Mirando partidos na Suécia (Social-Democrata), Inglaterra (Trabalhista), EUA (Democratas) e Alemanha (Social-Democrata), Mudge separa sua análise em três épocas. A socialista entre 1880-1920; a keynesiana entre os anos 1930-1960, em que o crescimento econômico supera a ideia de uma sociedade igualitária; e a neoliberal, com a chegada da Terceira Via nos anos 90. Apesar das lutas internas, o discurso pró-mercado, sobretudo quando esses partidos vencem as eleições, seduz suas lideranças e as afasta de seu eleitorado mais fiel.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Ela resume: “a história da neoliberalização de partidos da esquerda, é a história de como esses partidos passaram a representar o mercado como seu eleitorado central, em oposição a seus eleitorados históricos, incluindo o movimento sindical, mas também os trabalhadores em geral e as pessoas menos privilegiadas e menos poderosas”.</p>
<p>A famosa frase, “é a economia, estúpido” ganha intenso significado, sobretudo em sua razão eleitoral. Se alguns partidos de esquerda não aderissem ao discurso economicista, caminhando para a centro-esquerda e para o centro, seriam esquecidos pela urnas, como aconteceu, em parte, com a extrema-esquerda.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>É o mesmo cálculo dos conservadores no Brasil recente. Um retrato da maioria dos partidos de direita no mundo era, até o início dos anos 2010, de um punhado de tecnocratas com um discurso econômico neoliberal que se impunha nas urnas, em parte, por ter apoio das elites, da imprensa e por se aproveitar dos erros estratégicos da esquerda. Lembre-se do PSDB.</p>
<p>Com a chegada do PT ao poder em 2002, manteve-se a plataforma econômica de FHC e intensificou-se o investimento em programas sociais. Esse campo ficou sem lugar e foi forçado a dar um passinho à direita. E mais um. E outro. Com o tempo, foi engolido pela extrema-direita, que enxergou muitas vozes conservadoras sem representação. Potencializado pelas fake news, deixou a insignificância caricata e se transformou em força política em boa parte do mundo. O conservadorismo preservou sua visão econômica e a mudança foi a aproximação com o fascismo.</p>
<p>Ao que parece, a esquerda institucional está nesse não-lugar visitado pelos partidos de direita. Distante de seu eleitorado histórico, sem dialogar com os jovens ou a população mais pobre, sem novas lideranças. Se antes o mote era distribuir renda, hoje o projeto é no máximo (como aconteceu em Lula 1 e 2) aumentar a renda sem ameaçar os ganhos da elite. Um exemplo é a briga entre Lula e o BC e as pressões do mercado para controlar os gastos do governo. Juros baixos e mais investimentos públicos são migalhas perto das verdadeiras demandas estruturais do país. Radicalização da esquerda é o que resta?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-3"></div></div>
</p>

Ilustração mão com 4 dedos manipula o fantasma do comunismo

fantasma-do-comunismo

Do sonho socialista a refém do neoliberalismo

<p class="s3">Tributação encerra inevitavelmente conflitos de interesses, reais ou potenciais, entre o estado, os entes federativos e os contribuintes. Os sistemas tributários são, por isso mesmo, muito sensíveis a mudanças disruptivas, que podem tensionar sua índole conflitiva. Reformá-los requer competência, parcimônia e transparência, em homenagem ao bom senso e aos requisitos republicanos de confiança e reciprocidade.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p class="s3">A índole demasiadamente analítica da Constituição de 1988 é uma boa explicação para nosso desproporcional contencioso (80 milhões de ações) e consequente insegurança jurídica.</p>
<p class="s3">A reforma tributária do consumo elevou o número de palavras do capítulo tributário da Constituição para 12.596 (a Constituição de 1967 e, na versão original, a de 1988 tinham respectivamente 2.414 e 5.071 palavras). Os dois primeiros projetos de sua regulamentação têm 696 artigos e mais 5 mil dispositivos, envolvendo conceitos com elevado potencial de controvérsias.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p class="s3">Não há surpresa, pois, nas intensas movimentações que ocorrem na apreciação dos projetos de regulamentação da reforma. Afinal, era uma temerária proposta de caráter disruptivo, que, entretanto, seria submetida ao escrutínio parlamentar, em um primeiro momento, e, em outro, à Justiça. Não era um édito imperial ou um ato institucional.</p>
<p class="s3">É legítima a ação de contribuintes que buscam escapar da alíquota maldita e do excêntrico imposto seletivo. Não se pode esquecer que a proposta de reforma recebeu um relevante financiamento de interessados, envolvendo peças publicitárias, estudos e simulações, sem falar de um promissor mercado futuro de consultorias e aplicativos.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p class="s3">Os conflitos, todavia, não se esgotam nos debates sobre os já encaminhados projetos de regulamentação. Ainda não se conhece, por exemplo, o projeto relativo aofinanciamento e à partilha de fundos concebidos para cooptar Estados e Municípios. Provavelmente, ele irá pretextar uma batalha entre os entes federativos para abocanhar os nacos dos fundos, assim como uma reação dos contribuintes contrária ao aumento de tributos para prover seu financiamento. Tudo isso em um contexto de duvidoso equilíbrio fiscal.</p>
<p class="s3">Considerando que a reforma é um fato consumado, construído sem a observância do devido processo legislativo e às expensas de uma convincente liberação de emendas parlamentares e de pressões exercidas por poderosos lobbies, penso, sem reivindicar a titularidade da verdade, que resta tão somente fazer um controle de danos e, quem sabe, acreditar que dias melhores virão.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p><em><strong>Everardo Maciel</strong> foi secretário da Fazenda</em></p>
<p class="s3">
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div></p>

Imagem de uma lupa sobre uma calculadora. Ao lado, notas de dinheiro salário mínimo - Metrópoles

dinheiro-impostos-reforma-tributaria

Jogos de interesse (por Everardo Maciel)

<p>A cena foi assustadora. O passageiro foi arrancado do seu assento em pleno voo e literalmente enfiado no bagageiro superior do Boeing 787, durante uma violenta turbulência atmosférica. O voo internacional da Air Europa havia decolado da Espanha para o Uruguai. Ao todo, 30 pessoas foram socorridas até com fratura de fêmur e suspeita de traumatismo craniano após o pouso de emergência em Natal – RN.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Poucas semanas antes, um passageiro havia morrido e dezenas ficado feridos no Boeing 777 da Singapore Airlines, quando sobrevoava Myamar. O incidente também foi causado pelo impacto de uma turbulência. O que chama a atenção nos dois casos é que não se tratava de aviões pequenos e nem de fortes tempestades. Os Boeings atingidos são de modelos modernos, de grande porte, em voos internacionais e as turbulências ocorreram com tempo bom, em “céu de brigadeiro”.</p>
<p>A situação vem se agravando nos últimos anos, segundo um estudo realizado pela <em>Reading University</em> &#8211; publicado pela revista <em>Advances in Atmospheric Sciences.</em> O crescimento das emissões de dióxido de carbono está tornando a atmosfera muito instável e suscetível à ocorrência desses turbilhões de ar que surpreendem os pilotos e as torres de controle com violência cada vez maior.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Não e à toa que as tripulações têm sido rigorosas no aviso de “manter os cintos de segurança afivelados durante todo o voo”, bem como na suspensão imediata do serviço de bordo ao menor sinal de trepidação. São cada vez mais frequentes os casos de passageiros, tripulantes, bagagens e carrinhos arremessados com força contra o teto ou as paredes dos aviões ao atravessarem áreas de turbulência.</p>
<p>Esses extremos climáticos seriam mais fáceis de detectar pelo radar, satélite, ou mesmo visualmente, se só acontecessem durante tempestades. Contudo, as aeronaves têm sido atingidas justamente com céu limpo, sem nuvens. Sãos as chamadas “turbulências severas de ar claro”, difíceis de prever, conforme reportagem do site UOL.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>É evidente que os aviões em operação atualmente (assim como os que estão na prancheta de projeto) não estarão preparados para o aumento da intensidade e da frequência de turbulências severas nas próximas décadas, segundo pesquisa publicada pela <em>Geopysical Research Letters</em>, divulgada pelo portal de notícias Terra. A partir de simulações em computador, o pesquisador Paul Williams da <em>Reading University</em> concluiu que a mudança climática provocará um aumento de 150% na ocorrência de “turbulências severas de ar claro” já nos próximos anos.</p>
<p>Por sua vez, os órgãos federais de transportes aéreos dos EUA registraram que na última década as turbulências causaram quase 40% dos acidentes deixando cerca de 150 passageiros com ferimentos graves no País.</p>
<p>O tema das turbulências que ameaçam as viagens aéreas é apenas mais um exemplo dos impactos das mudanças climáticas, que demonstram na prática o seu caráter físico caótico e comprovam a urgência de se levar a sério os investimentos e as tecnologias necessários para a adaptação às transformações climáticas, que seguem desgovernadas mundo afora.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong><em>Felipe Sampaio: </em></strong><em>cofundador do Centro Soberania e Clima; chefiou a assessoria especial do ministro da Defesa; dirigiu o sistema de estatísticas no ministério da Justiça; foi secretário executivo de segurança urbana do Recife; membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; é assessor no ministério do Empreendedorismo.</em></p>
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Tchau, querido! (Ou as voltas que o mundo dá)

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