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Tal qual uma barata tonta, Bolsonaro não sabe direito o que fazer

De volta ao colo de Ricardo Nunes

atualizado

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Ricardo Nunes, Jair Bolsonaro e Pablo Marçal-- Metrópoles
1 de 1 Ricardo Nunes, Jair Bolsonaro e Pablo Marçal-- Metrópoles - Foto: Divulgação/Facebook

É cedo para se dizer que o torniquete aplicado em Pablo Marçal (PRTB) pelos demais candidatos a prefeito de São Paulo o impedirá de ir para o segundo turno da eleição, seja contra Ricardo Nunes (MDB), seja contra Guilherme Boulos. De certo, é que ele aparentemente parou de crescer.

Digo aparentemente porque – com  as desculpas pela concessão ao clichê -, pesquisas de intenção de voto são um retrato enevoado do momento. E quando publicadas, o momento já passou. Cada instituto tem seu método de assuntar a opinião dos leitores. Daí nem sempre coincidem. No país do “se a eleição fosse hoje…”

Em primeiro turno, a eleição será em 6 de outubro próximo, daqui, portanto, a 23 dias. É tempo suficiente para que os candidatos corrijam erros cometidos e aprimorem acertos. O acaso jamais deve ser desprezado, mas como é acaso… Bolsonaro, em 2018, beneficiou-se da facada que levou a um mês da eleição.

Não fosse a facada, teria sido eleito? Talvez sim. A única certeza que temos é que a facada compensou largamente o quase nenhum tempo que ele tinha de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Diz-se que ele venceu porque era o rei das redes sociais. No caso de São Paulo, hoje, o rei seria Marçal.

O X, ex-Twitter, fora do ar deve estar prejudicando muito Marçal. Quem mais lucra com isso é Nunes, apoiado por 12 partidos, o dono de 65% do tempo de propaganda – o maior tempo que um candidato já teve na história das eleições para prefeito de São Paulo. Nunes provavelmente terá lugar no segundo turno.

Dizia-se que era Boulos quem tinha lugar assegurado. Por enquanto, Nunes é de longe o favorito para derrotar Boulos ou Marçal em um eventual segundo turno. Tabata Amaral (PSB) e Luiz Datena (PSDB) foram rebaixados à condição de figurantes. Mais à frente, por conta do voto útil, os dois irão murchar.

Tal qual uma barata tonta, Bolsonaro ora vai para um lado, ora para o outro, ora se esconde. No início da campanha, ele ofereceu apoio a Nunes. Com a ascensão de Marçal, deu sinais de que marchariam juntos. Agora, ao ver que Nunes avança com consistência, volta a namorá-lo como fez ontem à noite.

Foi durante um jantar promovido pela comunidade libanesa no clube Monte Líbano, em São Paulo, para homenagear Nunes. Ao vivo, em uma transmissão de vídeo, Bolsonaro elogiou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) “pelo apoio a Nunes.”; mandou um abraço para o prefeito e emendou:

“Torço por você [Nunes], tenho certeza que haverá segundo turno e seremos vitoriosos no segundo turno.”

O eleitorado bolsonarista em São Paulo e fora dali já não obedece às ordens do seu líder. Enquanto Bolsonaro dizia apoiar Nunes, seus seguidores migravam para Marçal. Depois que Bolsonaro começou a flertar com Marçal, parte deles retornou a Nunes. Enfim: o cabo eleitoral mais bem pago desta eleição fracassou.

O PL de Valdemar Costa Neto deveria rever o contrato que fez com Bolsonaro.

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