Sorte de André Mendonça no Senado depende do que está por vir
Se Bolsonaro radicalizar e forem gigantescas as manifestações do dia 7 de setembro, pior para o seu indicado a ministro do STF
atualizado
Compartilhar notícia
Senadores reconhecidos por acertar o placar de votações polêmicas asseguram sob a condição de não terem seus nomes revelados que o Senado, hoje, está rachado ao meio quanto à aprovação do nome de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. São 81 senadores. O presidente só vota em caso de empate.
Decisivo para selar a sorte de Mendonça será o que acontecer no dia 7 de setembro. Se as manifestações forem gigantescas e o radicalismo marcar as falas de Bolsonaro, pior para Mendonça, que poderá ser rejeitado. Se forem apenas grandes e Bolsonaro controlar-se, isso não garantirá necessariamente a aprovação.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, quer liquidar a fatura depois do dia 7. Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, continua sem pressa. Ele põe na conta de Bolsonaro o apagão de luz que deixou seu estado às escuras às vésperas das eleições municipais de 2020.
Um irmão de Alcolumbre estava com a eleição praticamente ganha para prefeito de Macapá, e perdeu. Não faltou só luz, mas dinheiro prometido pelo governo.