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Só a destruição do Hamas acabará com a guerra, diz Joe Biden

Presidente dos Estados Unidos renova seu apoio incondicional a Israel

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Foi logo após reunir-se na Califórnia com o presidente chinês Xi Jinping que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma curta entrevista coletiva de imprensa, disse que a guerra de Israel não terminará até que o Hamas seja totalmente destruído.

Biden afirmou que não tinha uma ideia específica de quando dizer a Israel que deveria interromper a guerra em Gaza. Para ele, os combates só acabarão quando o Hamas não puder mais fazer “coisas horríveis” aos israelenses.

Autoridades americanas têm dito nos últimos dias que o Hamas mantém um arsenal de armas escondido sob o complexo do Hospital Al-Shifa, invadido por Israel. Biden reforçou a suspeita, dizendo que são armas de tecnologia avançada.

Segundo Biden, as forças israelenses que assumiram o controle do hospital estão permitindo que médicos e enfermeiros do Al-Shifa escapem incólumes do perigo, e que “esta é uma história diferente do que acontecia antes com os bombardeios indiscriminados”.

Por fim, repetiu a tese que defende desde o início da guerra:

“Não creio que tudo chegue ao fim até que haja uma solução de dois Estados”.

A criação de um Estado palestino é apontado há muito tempo como um objetivo político dos Estados Unidos, mas nenhum governo americano recente conseguiu fazer qualquer progresso substancial nesta questão, observa o jornal New York Times.

O último grande impulso nesse sentido veio de John Kerry quando era secretário de Estado na administração de Barack Obama. À época, Biden era o vice-presidente e um apoiador entusiasta de Israel. Hoje, Kerry é o Enviado Especial para o Clima, de Biden.

Combatentes do Hamas e de outros grupos militantes mataram cerca de 1.200 pessoas em 7 de outubro no Sul de Israel, e sequestraram mais de 240. Os ataques de Israel a Gaza mataram mais de 11 mil pessoas, 40% das quais crianças.

Biden não comentou as “coisas horríveis” que os israelenses estão fazendo aos palestinos. Com o voto de abstenção dos Estados Unidos, Rússia e Reino Unido, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que se resume a quatro pontos:

Ênfase na proteção de crianças na Faixa de Gaza;

Uma pausa nos ataques, que deverá permanecer em vigor por um número de dias suficiente para a chegada de ajuda humanitária à população civil do território palestino:

Garantia de “fornecimento contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais — incluindo água, eletricidade, combustível, alimentos e suprimentos médicos”.

Liberação imediata e incondicional de todos os reféns israelenses tomados pelo Hamas no 7 de outubro.

Menos de duas horas depois de a resolução ter sido aprovada, o governo de Israel anunciou que não se sente obrigado a respeitá-la. Vida que segue. Ou melhor: morte à farta de inocentes que segue.

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