Sem fazer alarde, a CPI da Covid fareja as contas da Jovem Pan
Há fortes indícios de que o governo Bolsonaro beneficia a emissora que claramente o apoia
atualizado
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Primeiro, a CPI da Covid-19 admitiu investigar as contas da Jovem Pan, emissora de rádio de São Paulo, sob a suspeita de que o governo federal a favoreceu, direta ou indiretamente, com verbas de publicidade. O noticiário da rádio é marcadamente bolsonarista.
Depois, ante a reação contrária de associações de veículos de comunicação, anunciou que não o faria e mudou de assunto. Ocorre que à CPI chegaram fortes indícios de que a suspeita procede e, aí, o que fazer? Apurar, por certo, mas sem fazer alarde.
No momento, pelo menos cinco empresas ligadas à Jovem Pan chamam a atenção dos cães farejadores da CPI. A saber:
- Vetor Zero, produtora de vídeo, com escritório em Nova Iorque;
- BBL, empresa de jogos;
- LOBO, produtora de animação;
- LIVE, produtora de eventos; e
- Digital Seven, empresa de divulgação de marcas.
O requerimento de quebra de sigilo dos proprietários da Jovem Pan foi retirado da CPI. Nada impede que seja reapresentado.