Se vale para Sergio Moro, deveria valer também para Tarcísio Freitas
Na política, não há lugar para os advérbios nunca e jamais
atualizado
Compartilhar notícia
Se a Justiça impediu o ex-juiz Sergio Moro de ser candidato em São Paulo porque seu domicílio eleitoral sempre foi no Paraná, por que não fará o mesmo com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (PL), candidato ao governo? O domicílio de Tarcísio sempre foi no Rio.
Moro já foi do Podemos, aderiu ao União Brasil para se eleger presidente pelo partido que mais tem dinheiro e tempo de propaganda eleitoral e, agora, cogita candidatar-se ao Senado pelo Paraná, onde seu amigo e defensor Alvaro Dias já é candidato.
Ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio pensava ser candidato ao Senado por São Paulo. Já seria algo estranho, porque ele nunca morou nem teve negócios por lá. Mas Bolsonaro tanto insistiu que ele topou disputar o governo.
A Justiça, às vezes, surpreende. Ela pode entender uma coisa nesse caso e outra em caso semelhante. Tarcísio está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Cresce e poderá polarizar a eleição com Fernando Haddad, candidato do PT a governador.
Para Bolsonaro, só faltava perder palanque logo no estado com o maior número de eleitores do país. Mas tudo é possível. Quem imaginou ver Lula e Alckmin juntos, antigos adversários? Ou no Rio, Marcelo Freixo (PSB), Cesar Maia (PSDB) e Lula juntos?
Não há lugar na política para os advérbios nunca e jamais.