Se não agora, Alckmin e Lula deverão se juntar contra Bolsonaro
Quem tem prazo não tem pressa, ensinou Marco Maciel, ex-governador de Pernambuco e vice do presidente Fernando Henrique
atualizado
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Por elegância, e naturalmente sabedoria política, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin espera o desfecho das eleições primárias do PSDB para só depois revelar seu destino.
Alckmin e seus seguidores apoiam o governador gaúcho, Eduardo Leite, para candidato do PSDB a presidente da República, uma vez que, na verdade, o que querem é derrotar João Doria.
Mas não acreditam que Leite vencerá. Permanecendo por enquanto no PSDB, Alckmin poderá dizer depois que fez tudo para não ir embora. Resistiu até o último minuto.
Não tem pressa em filiar-se ao PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. De resto, não vê mal nos afagos trocados com Lula. Quem sabe os dois não acabarão se entendendo ano que vem.
Será candidato ao governo de São Paulo, não a vice de Lula. Mas em um segundo turno da eleição de 2022 disputado por Lula e Bolsonaro, já se sabe quem não apoiará – Bolsonaro.
Desta vez, não será uma escolha difícil para Alckmin.