Às boas almas interessadas em construir uma alternativa a Lula e a Bolsonaro, os candidatos a presidente Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) pedem encarecidamente que enviem sugestões de nomes para a vaga de vice em suas respectivas chapas.

Os dois não conseguiram apoio de outros partidos até aqui. O tempo corre. Faltam apenas 77 dias para que os 156,4 milhões de brasileiros aptos a votar façam suas escolhas. As convenções partidárias devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.

Onde já se viu um candidato a presidente sem vice? Um presidente sem vice já se viu. Foi quando o vice assumiu o cargo porque o presidente renunciou, foi deposto ou morreu. Então quem substitui o vice promovido a presidente é o presidente da Câmara.

Isolado, Ciro passou a admitir a hipótese de arranjar um vice do próprio PDT. Seria uma chapa puro sangue. Pensou na senadora Leila Barros (PDT-DF), a Leila do Vôlei. Mas ela já disse não. É candidata a governadora. Se perder, tem mais 4 anos de mandato

O PSDB prometeu dar o vice de Simone, e o mais cotado era o senador Tasso Jereissati (CE). Para isso, o PSDB esperou até agora que o MDB do Rio Grande do Sul apoiasse Eduardo Leite, candidato à reeleição, e o MDB não dá sinais de que apoiará.

Como Ciro, é possível que Simone tenha que partir para uma chapa puro sangue. Ciro, pelo menos, tem entre 8 e 10 pontos nas pesquisas de intenção de voto; Simone, entre 2 e 4. Não é nada, não é nada, é quase nada. Os dois serão vítimas do voto útil.