Respostas que Arthur Lira, presidente da Câmara, fica devendo
De volta ao tempo dos velhos coronéis da política
atualizado
Compartilhar notícia
E aí, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara: o que falta para que um deputado, não importa qual, acabe punido por quebra de decoro parlamentar?
Vale agredir física e moralmente um jornalista? Na sua gestão, o jornalista Guga Noblat já foi agredido duas vezes.
A primeira pelo deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi preso, indultado por Bolsonaro, e preso de novo. Silveira deu um tapa no jornalista para derrubar seu celular, e o derrubou.
A segunda vez foi pelo deputado recém-eleito Mário Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura de Bolsonaro. Frias chamou o jornalista de anão e tentou tomar-lhe o celular.
Vale fazer discursos com expressões ofensivas à honra alheia enquanto você presidir a Câmara, hein Lira? Quantas vezes você disse que puniria quem o fizesse e não puniu ninguém?
Por sinal, na última quarta-feira, em Nova Iorque, você chamou de “inconveniente” a repórter Joana Cunha, da Folha de S. Paulo, e sugeriu que ela tem algum tipo de “déficit”.
Ordenou que ela desligasse o gravador. E só porque Joana quis que você explicasse melhor o que dissera para empresários em um evento do jornal Financial Times. E o que você disse?
Disse que Bolsonaro deixou uma contribuição ao permitir que as pessoas com pensamento conservador e de direita “saiam do armário”, superando resquícios de vergonha da ditadura de 64.
Você foi um dos que saíram do armário ou nunca esteve dentro dele? Você tinha vergonha da ditadura que torturou e matou tanta gente, mas finalmente perdeu a vergonha?