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Internado no Hospital São Lucas, no Rio, morreu há pouco o gaúcho Leonel de Moura Brizola, presidente do PDT.

Brizola ingressou no PTB, partido criado pelo ex-presidente Getúlio Vargas em 1945. Seu primeiro cargo eletivo foi de deputado estadual, no Rio Grande do Sul, em 1947.

Em 1954, elegeu-se deputado federal. No ano seguinte, tornou-se prefeito de Porto Alegre. Em 1958, governador do Estado. No ano de 1962, foi o deputado federal mais votado do País pelo antigo Estado da Guanabara, com 269 mil votos.

Com a ditadura militar de 64, exilou-se no Uruguai, retornando ao país em 1979 com a anistia. Foi eleito governador do Rio em 1982 e 1990. Disputou duas eleições presidenciais, em 1989 e 1994, perdendo ambas.

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Um pouco do que disse Brizola:

* “Povo de Porto Alegre, meus amigos do Rio Grande do Sul, venham para a frente deste palácio, numa demonstração de protesto contra esta loucura e este desatino.” (Ao organizar em agosto de 1961 o movimento que garantiu a posse de João Goulart na presidência da República.)

* “Tu me emprestaste as tuas calcinhas e eu saí com elas.” (Ao ser interrogado em 1989 pela jornalista Denise Abraham, do SBT, que queria que ele explicasse como saiu do Brasil em 1964. Correu a lenda que ele fugira vestido de mulher.)

* “Pra gaúcho, esse tal de Viagra é overdose.”

* “Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação”.

* “Não seria fascinante fazer, agora, a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo?” (Em 1989, quando apoiou a candidatura de Lula no segundo turno.)

* “O PT é a UDN de macacão”.

* “Quem tinha razão era o inesquecível Darcy Ribeiro, quando dizia que o PT era ‘a esquerda que a direita gosta’”.

* “O governo Lula cedeu – e vem cedendo – tanto e tão facilmente aos inimigos da soberania e dos direitos do nosso povo que vai se tornando prisioneiro de suas próprias concessões. O absurdo vai sendo consumado. O povo brasileiro votou na mudança e vem recebendo continuísmo.”