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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

15 10 2024

Charge do Aroeira

<p>Morreram até agora menos de 1.300 judeus desde que o Hamas invadiu Israel há um ano. Morreram mais de 42.200 palestinos desde que Israel retaliou invadindo a Faixa de Gaza e agora o Líbano. O que lhe parece? Respostas de 1.869 leitores:<br />
É justo &#8211; 24,1%<br />
É injusto &#8211; <strong>75,9%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Israel diz que assumiu controle de complexo do Hezbollah no Líbano

Guerra justa de Israel?

<p><em>“Você topa abrir o seu sigilo bancário amanhã?”</em> (Pergunta <strong>Guilherme Boulos</strong>, candidato a prefeito de São Paulo, no debate da BAND. Responde Ricardo Nunes, candidato à reeleição: “Sou cristão temente a Deus, minha vida é de correção”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida mostra Guilherme Boulos no debate da Band - Metrópoles

boulos band

Frase do dia

<p>O último grande ato da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo será encenado na noite da próxima terça-feira, dia 22, no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>E a grande atração, só abaixo do candidato, será o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No primeiro turno, Alckmin apoiou a candidatura de Tabata Amaral, filiada ao seu partido.</p>
<p>É sempre no TUCA, no bairro das Perdizes, que candidatos de oposição à Presidência, ao governo de São Paulo e a prefeito da capital encerram suas campanhas. O dia seguinte é para descanso e treinamento dos candidatos para o debate da Globo, o último.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A sexta-feira e o sábado são ocupados por caminhadas e visitas a áreas da cidade. A eleição é no domingo – este ano, dia 27. Terminada a apuração dos votos, a segunda-feira é de ressaca para o derrotado, e de celebração e euforia para o eleito.</p>
<p>A Quest divulgará amanhã a sua nova pesquisa de intenção de votos para prefeito de São Paulo e de outras cidades, e o Datafolha, na quinta-feira.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
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Imagem colorida de Boulos discursando. Metrópoles

<p>Reprodução</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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Boulos em coletiva pós apuração

Quem será a estrela do último ato público da campanha de Boulos

Quem será a estrela do último ato público da campanha de Boulos | Metrópoles

<p>Assanhadinho, esse Geraldo Alckmin. Começou a estrelar comícios em diversos Estados. Foi ontem a Curitiba apoiar a candidatura a prefeito de Beto Richa, do PSDB.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Esteve antes em Cuiabá para apoiar o candidato do PSDB por lá.</p>
<p>É candidatíssimo à presidente da República em 2006. Ou melhor: é aspirante a candidato a presidente em 2006.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O PSDB dificilmente terá um nome melhor. Se eleito prefeito de São Paulo, como tudo indica que será, José Serra não poderá largar o mandato pelo meio.</p>
<p>Fernando Henrique Cardoso só se arriscaria se lhe dessem a vitória no colo &#8211; e para isso Lula precisará estar muito mal. É improvável.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Tasso Jereissati, outro nome ilustre do PSDB, é de um Estado de poucos votos, o Ceará. E seu candidato a prefeito de Fortaleza não conseguiu passar para o segundo turno.</p>
<p>O candidato do PSDB a presidente daqui a dois anos só não será Geraldo Alckmin, atual governador de São Paulo, se ele não quiser &#8211; e ele quer. Ou então se os fados conspirarem cruelmente contra ele.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
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Goiânia (GO) 21/09/2022Candidato a vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), visita Goiânia para evento com militância e reunião com empresários O ex-governador do estado de São Paul

HÁ VINTE ANOS – Candidato desde já à sucessão de Lula

Guga Noblat

<p>Se debate ganhasse eleição, Guilherme Boulos (PSOL) sucederia Ricardo Nunes (MDB) como prefeito de São Paulo. O debate de ontem à noite, na BAND, foi o primeiro de uma série ainda sem tamanho. Se depender de Nunes, ele comparecerá só a mais três: o da Rede TV, o da Record e o da Globo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Para o gosto de Boulos, em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, ele debateria com Nunes todos os dias até o final da campanha. No primeiro debate do segundo turno, Boulos massacrou Nunes, o sem carisma, que deve ter faltado às aulas de de linguagem corporal. Boulos parecia sozinho no palco.</p>
<p>Boulos ganhou de lavagem o primeiro bloco do debate; ganhou o segundo por pontos, e voltou a ganhar o terceiro com folga. Valeu-se de uma técnica muito comum a essas ocasiões: pautou seu adversário. Elegeu os temas que lhe eram mais favoráveis e obrigou Nunes a dissertar sobre eles. O prefeito caiu na armadilha.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Em debates realizados em altas horas da noite, o primeiro bloco é o que costuma atrair maior audiência – nos blocos seguintes, a audiência diminuiu porque parte do distinto público, por cansaço ou desinteresse, troca de canal ou vai dormir. Era natural que o primeiro bloco tratasse do apagão de energia na capital paulista.</p>
<p>Passadas 72 horas desde o temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo na última sexta-feira, ainda há 338 mil imóveis sem energia elétrica na área de atuação da Enel. A empresa promete normalizar o fornecimento em três dias. Os paulistas, e com razão, estão fulos da vida.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>É o segundo apagão em 11 meses.  Há previsão para novas pancadas de chuva ao longo desta semana. Na capital paulista, é possível que o fenômeno aconteça a partir desta quarta-feira (16/10). Portanto, Nunes deveria ter-se preparado para responder às perguntas de forma satisfatória. Mas, não. Ele também apagou.</p>
<p>Ficará do debate a imagem de um candidato acuado que preferiu fugir de todas as perguntas embaraçosas, e que desafiado, três ou quatro vezes, a responder se abriria mão do seu sigilo fiscal por que dizia  não ter o que esconder, não respondeu. Nunes não deve ter sido mal treinado. Apenas não aprendeu o que lhe ensinaram.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
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Imagem colorida mostra Guilherme Boulos e Ricardo Nunes se abraçando durante debate - Metrópoles

Nunes abraça Boulos

Na cidade do apagão, o prefeito Ricardo Nunes apaga durante debate

Marco Miguel

<p>Uma promessa de desenvolvimento que terminou em um desastre socioambiental. Essa é a conclusão de um estudo sobre o impacto das construções das hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e Jirau e Santo Antonio, em Rondônia.  Ao invés de saneamento, saúde e educação, houve uma explosão de violência, desmatamento, colapso da agricultura e da pesca e, por incrível que possa parecer, uma energia elétrica mais cara.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Os mesmos trezentos reais que uma família paga mensalmente em São Paulo no consumo de luz, transformam-se em R$ 1.500 em Altamira, cidade próxima a usina de Belo Monte. O que ficou dos investimentos que as obras trouxeram para a região? Nada. Entre outros motivos, porque o governo não cobrou da construtora Andrade Gutierrez, responsável pelo projeto, o cumprimento das condicionantes estabelecidas no contrato. A empresa afirma que investiu R$ 6,5 bilhões em ações socioambientais. Ninguém sabe para onde foi esse dinheiro.</p>
<p>O estudo &#8220;Depois das Hidrelétricas: Processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio na Amazônia Brasileira&#8221;, apresenta resultados das pesquisas iniciadas em 2013 &#8211;  a primeira fase na hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, inaugurada em 2016, e a segunda fase, iniciada em 2020, incluiu estudos as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Emilio Moran, coordenador do projeto e professor da Universidade Estadual de Michigan (Estados Unidos) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) afirmou à Revista Fapesp que houve mudança no uso do solo nas bacias dos rios Madeira e Xingu e a área florestal foi reduzida com o avanço dos pastos. A produção pesqueira despencou, 30% das espécies desapareceram – nunca mais se viram os bagres de 100 quilos. A produção agrícola caiu ao deixar as várzeas. Foi a transformação forçada de uma cultura e uma economia. Para muito pior</p>
<p>Em Altamira, os Reassentamentos Urbanos Coletivos [RUCs] têm abastecimento de água irregular, obrigando o uso de caminhões-pipa. “Dá para imaginar uma população que tinha uma relação próxima com o rio, numa espécie de mundo aquático, depender de caminhão-pipa?” questiona Moran. Mais: 69% dos responsáveis por domicílios na cidade disseram que sofrem de insegurança alimentar.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>É a segunda vez que a cidade, no sudoeste do Pará, é atingida por grandes projetos de infraestrutura. Primeiro foi a construção da rodovia Transamazônica, entre 1971 e 1973. Depois, Belo Monte. O pesquisador visitou a região na década de 1970, quando a população passou de mil para 10 mil habitantes em menos de um ano. Com a hidrelétrica, no início dos anos 2010, o boom populacional foi de 75 mil para 150 mil habitantes em dois anos, causando todos os problemas comuns a esse tipo de fenômeno.</p>
<p>“Queríamos investigar se os mesmos problemas de Belo Monte também ocorreram em Jirau e Santo Antônio, e a resposta é sim. Jirau e Santo Antônio, construídas muito próximas da capital Porto Velho, foram esquecidas pela mídia brasileira. Não houve preparação nem planejamento e a área inundada foi o dobro do previsto”, aponta Moran. Em Porto Velho, os bairros criados para populações reassentadas apresentaram problemas estruturais. A promessa de estabelecer cooperativas de fomento para populações ribeirinhas, não foi cumprida; O preço da energia elétrica também aumentou, com redução do acesso à energia, água e terra</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Mas ao menos a oferta de energia elétrica para o país aumentou, certo? Mais um grande fracasso. Embora a capacidade instalada em Belo Monte seja de 11 GW, a energia comercializada é de apenas 4 GW. E com a seca na Amazônia, a hidrelétrica nada produz.</p>
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hidreletrica-belo-monte

Os desastres de Belo Monte, Jirau e Santo Antonio

Da Redação

<p>Era uma vez um nativo, à bordo do seu carrinho, às margens da estrada Manaus-Manacapuru, vendo um esquadrão de bombeiros assistindo, todos perplexos, à floresta amazônica começar a pegar fogo&#8230; sozinha! &#8220;Combustão espontânea?&#8221;, gritou um bombeiro. &#8220;Isso só acontece em filmes!&#8221;, disse outro. Mas ali estava ela, a floresta um dia chamada de úmida, agora se incendiando do nada. Os bombeiros, impotentes, sugeriram ligar para as universidades. &#8220;Precisamos da ajuda científica in-ter-na-ci-o-nal!&#8221; Um pesquisador respondeu: &#8220;Se tivermos mais dois verões assim, nem restará floresta para nós estudarmos!&#8221; O esquadrão, atônito, concordou. Restava apenas torcer, orar e fazer a Dança da Chuva, dos índios americanos&#8230;.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>E não me venham com a velha lenga-lenga de que o caboclo está tocando fogo para plantar ou fazer campo pra gado.</p>
<p>A floresta, antes conhecida por sua umidade constante e por abrigar uma biodiversidade incomparável, agora está se tornando mais seca a cada ano, com temperaturas mais altas e uma redução alarmante nos índices de chuva. As árvores, que antes eram um dos maiores sumidouros de carbono do planeta, estão agora vulneráveis a incêndios frequentes, muitas vezes iniciados por atividades humanas, mas que, dadas as condições atuais, parecem surgir de forma quase mágica. A &#8220;combustão espontânea&#8221; da floresta, embora seja um termo figurado, representa bem o que muitos cientistas têm alertado: a Amazônia pode estar caminhando para um ponto de não retorno.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O esquadrão de bombeiros à beira da estrada, atônito, representa a nossa impotência diante desse cenário. Eles estão ali, mas não sabem como agir. Afinal, como combater um incêndio que parece brotar da própria terra? No fundo, eles sabem que a solução não está apenas na água e nas mangueiras, mas nas mãos dos cientistas e na colaboração internacional para entender e mitigar as causas desse desastre ambiental.</p>
<p>A situação atual da Amazônia requer ação imediata e uma mobilização massiva da comunidade científica internacional. É imperativo colocar os institutos de pesquisa para trabalhar. Precisamos de soluções baseadas em ciência e tecnologia, e isso só será possível com a união de universidades e centros de pesquisa do Brasil e do mundo. Instituições com grande poder de pesquisa, como as universidades federais e estaduais do país, além de centros internacionais de excelência, devem ser envolvidas nesse esforço.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os cientistas precisam investigar as mudanças climáticas que estão intensificando a seca na Amazônia e aumentar o monitoramento sobre o uso da terra. O desmatamento desenfreado, a conversão de áreas florestais em pastagens e a extração ilegal de madeira são fatores que tornam a floresta ainda mais vulnerável ao fogo. A presença de grandes áreas desmatadas cria uma espécie de &#8220;efeito dominó&#8221;, onde incêndios florestais se espalham com maior facilidade, devastando o que resta de mata nativa. E, no ritmo em que estamos, a Amazônia pode não resistir a mais dez verões severos como os que temos enfrentado. No Amazonas, o programa “COMPANHEIROS DAS AMÉRICAS”, em que o Amazonas é o estado irmão do Tennessee, as duas universidades estaduais poderiam começar uma colaboração, pois o know-how do estado americano, em barragens e plantações de várzeas, é um dos maiores do mundo.</p>
<p>Além da questão climática, há também a falta de fiscalização e políticas públicas efetivas que inibam a destruição da floresta. Sem controle, os incêndios — espontâneos ou não — continuarão a se proliferar. Um ponto crucial é a necessidade de criar mecanismos eficazes de prevenção de incêndios e educação ambiental para as populações locais e os produtores rurais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>As universidades brasileiras, com sua vasta capacidade de pesquisa, são um ativo inestimável nesse processo. Contudo, precisamos também de ajuda externa. As parcerias com universidades estrangeiras, especialmente aquelas especializadas em clima e biomas tropicais, podem trazer novas tecnologias e abordagens inovadoras para salvar a floresta. A cooperação internacional é essencial, porque a Amazônia não é só brasileira — ela é patrimônio da humanidade.</p>
<p>Se não agirmos agora, a floresta amazônica pode se transformar, em poucos anos, de um santuário exuberante em um deserto carbonizado. A situação pode até parecer absurda, como um esquadrão de bombeiros assistindo impotente à &#8220;combustão espontânea&#8221; da floresta, mas não podemos subestimar os sinais de alerta que a natureza nos envia. Se continuarmos negligenciando a Amazônia, ela realmente poderá começar a &#8220;pegar fogo do nada&#8221;, e nesse momento, não haverá: nem curupira, nem bombeiro, nem mangueira, nem ciência capaz de reverter o estrago.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>A floresta, esse bebê abandonado, precisa de cuidados urgentes, e nós, como sociedade, devemos nos unir para impedir que o futuro da Amazônia seja um triste conto de cinzas.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p><em>Roberto Caminha Filho, economista e membro do COMPANHEIROS DAS AMÉRICAS, está ficando nervoso com as secas dos rios e focos de incêndios.</em></p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
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AMAZONIA_007

A dança da chuva (por Roberto Caminha Filho)

<p>Dênis Ferraz, um analista experiente do mercado financeiro, me mandou um alerta na noite de domingo (13): “Nossa bolsa fez low&#8230; esse inflow recorde, leia-se China, foi uma cavalice”! Sem entender muita coisa, mas intuindo que se tratava de algo importante, devolvi um “amigo, pode desenvolver mais”?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Ferraz, sacando que tinha ido rápido demais com o amigo cientista político, traduziu: “Léo, esse gráfico (a mensagem estava acompanhada de uma imagem) mostra o fluxo de dinheiro para mercados emergentes batendo recorde na semana passada. Porém, nossa bolsa está abaixo de 130.000 pontos pós bater 139.000 meses atrás. Ou seja, de todos os países emergentes, o Brasil (foi um dos únicos) que viveu saída de investidores. Reflexo do que estamos falando sobre crise fiscal, BC subindo juros&#8230;” .</p>
<p>A mensagem apoia um cenário muito ruim descrito pelo economista André Perfeito que tem sido um crítico firme do pessimismo do mercado. Com o título “O mercado espera – e constrói – uma recessão”, ele destaca a hipersensibilidade do mercado a falas de Lula sobre qualquer proposta envolvendo mais gastos. Ele afirma que investidores fazem “descontar a valor presente a uma taxa muito alta” – que eu entendo como alta de juros futuros, dólar e queda da bolsa &#8211; os discursos políticos do presidente.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Trata-se de um dilema e tanto. Lula sempre foi conhecido, desde os tempos de sindicalista, por combinar discursos radicais e atuação pragmática. Aplicado à política econômica, isso significa que nem todas as promessas populares feitas pelo petista seriam entregues exatamente como foram feitas. Haveria sempre um crivo de moderação.</p>
<p>Essa dubiedade, que o mercado passou a entender desde 2002 como fazendo parte da persona de Lula, favoreceu o petista durante muitas eleições. A ele se dava a licença de discursos irresponsáveis do ponto de vista fiscal porque se acreditava que, na hora da decisão, um senso de responsabilidade prevaleceria. Esse olhar benevolente permitiu a Lula prometer qualquer coisa sem jogar o mercado no precipício.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Mas, aparentemente, isso acabou. A aceleração dos gastos públicos desde 2023 e uma atitude de não reconhecer limites fiscais para suas ambições políticas retirou de Lula o benefício da dúvida. O que ele tem dito tem sido interpretado de forma literal pelos agentes econômicos.</p>
<p>O cenário piorou consideravelmente após as eleições municipais e as pesquisas de popularidade mostrarem um desempenho medíocre de Lula mesmo após o presidente ter tirado todos os coelhos da cartola (as ideias novas têm sido ampliar fórmulas antigas, como um novo vale gás e outra bolsa universitário). A pressão que opera hoje sobre o presidente não é aquela típica exercida pelos eleitores, mas é a da própria história, que definirá como Lula será lembrado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Tendo isso em mente, quais são as chances de Lula adotar o caminho da ponderação mesmo diante das primeiras consequências de uma situação de insustentabilidade fiscal? Fará um ajuste nos anos que pavimentam 2026? Ou continuará forçando o motor, mesmo com o ponteiro da temperatura mostrando superaquecimento, tentando aprovar aumentos de arrecadação e acusando quem aponta o problema fiscal de antipobre?</p>
<p>Não sei. Mas o que os economistas Dênis Ferraz e André Perfeito estão dizendo é que o mercado não vende mais nada fiado para Lula. Agora é “falou, pagou!”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Leonardo Barreto é doutor em Ciência Política (UnB) e sócio da consultoria Think Policy.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

Lula, com a mão na boca, em gesto característico do petista -- Metrópoles

Lula

Lula: falou, pagou! (Por Leonardo Barreto)

<p>O que ganha Lula se expondo tanto em defesa dos candidatos do PT ou apoiados pelo PT no segundo turno destas eleições municipais?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A vitória de qualquer um deles não lhe será creditada. Mas a derrota de um punhado deles afetará sua imagem.</p>
<p>Que diferença fará a participação de dona Marisa Letícia Lula da Silva na campanha da prefeita Marta Suplicy, candidata em São Paulo à reeleição?</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Quem não sabe que Lula apoia Marta?  Quem imagina que dona Marisa Letícia poderá trazer votos para Marta?</p>
<p>Lula está se arriscando além do necessário. E está se arriscando porque quer. Ou porque não sabe dizer não aos companheiros.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&#8212;</p>
<p>Se ainda sonha com a reeleição, a prefeita Marta Suplicy terá que ir para o tudo ou nada em cima de José Serra (PSDB) no debate desta noite promovido pela TV Bandeirantes.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Não basta vencer o debate. Terá que esmagar Serra.<br />
Está difícil.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>(Publicado aqui em 14 de outubro de 2004)</p>
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Lula, por Orlando Brito

HÁ VINTE ANOS – Lula e a atração pelo risco

<p>Foi divertida, mas bastante perigosa, a última vez que tomei um banho de cuia como os paulistas fazem agora, irritados e no escuro. Era abril de 1991 e eu estava em Angola, um país em guerra civil depois de ter sido colônia de Portugal desde o século XV.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>O jornalismo, aqui, me fechara as portas por eu ter criticado muito o recém-eleito presidente Fernando Collor. Durante três anos, dois dos quais em Angola, a serviço de uma agência de publicidade baiana, acompanhei eleições do outro lado do balcão.</p>
<p>A agência fora contratada para cuidar do marketing político do presidente José Eduardo dos Santos e do seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Seria a primeira eleição da história de Angola desde sua independência.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O acordo de paz que tornaria a eleição possível ainda não havia sido firmado. A segurança de Luanda, capital do país, estava entregue a oficiais e soldados cubanos enviados por Fidel Castro. O toque de recolher, à noite, era rigoroso. E ouviam-se tiros.</p>
<p>Na companhia de colegas de trabalho, e a convite de Manuel Pacavira, membro do birô político do MPLA, fui conhecer o Cuanza Norte, uma das 18 províncias de Angola, a pouca distância de Luanda. O helicóptero voava baixinho para escapar de mísseis.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Se voasse alto, mais facilmente poderia ser atingido. À noite, em N&#8217;Dalatando, capital da província, na falta de hotéis, fomos dormir em uma desativada agência de um banco português. As paredes eram decoradas com tapetes Gobelin, fabricados em Paris.</p>
<p>Fazia calor e, para variar, ouvíamos tiros e o barulho de helicópteros que passavam levando presos guerrilheiros da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), movimento apoiado pelos Estados Unidos e a África do Sul.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Havia um modo eficiente de forçar a confissão dos guerrilheiros: o helicóptero levantava voo com três ou quatro deles amarrados e cercados por soldados do MPLA. Escolhia-se um, e sem nada lhe perguntar, ele era jogado no mar. Os outros contavam tudo.</p>
<p>O banheiro da agência desativada do banco era de mármore de Carrara nas cores branca e azul-cinza. Mas o chuveiro não funcionava. Nossos hospedeiros tiveram o cuidado de encher a banheira de água e de providenciar uma cuia pequena.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Eu disse que foi o último banho de cuia que tomei. O certo seria dizer que foi o último banho de cuia que tomei em N&#8217;Dalatando. Porque em Luanda, no melhor hotel da cidade, o Tivoli, com frequência tomávamos banhos de cuia devido à falta de energia.</p>
<p>Meus netos amam tomar banho de cuia aqui em casa. Só assim concordam em largar os malditos celulares.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
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0226

Minha solidariedade aos paulistas, agora no escuro

<p><em>&#8220;Se as coisas continuarem como estão, a extrema direita volta ao poder em 2026, com certeza&#8221;</em>. (<strong>Vladimir Safatle</strong>, filósofo, professor da Universidade de São Paulo e filiado ao PSOL)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Quem será a estrela do último ato público da campanha de Boulos

No santuário da oposição

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