Quem perde ou ganha é o candidato, não o marqueteiro
O que ensina a histórias das eleições
atualizado
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Os mais renomados marqueteiros poderão amargar duras derrotas em suas principais campanhas, este ano. A saber:
* Duda Mendonça – arrisca-se a perder com Marta Suplicy (PT), prefeita de São Paulo e candidata à reeleição;
* Nizan Guanaes – já perdeu com Jorge Bittar (PT), candidato a prefeito do Rio;
* Antônio Lavareda – tudo indica que já perdeu com Carlos Augusto, o Cadoca (PMDB), candidato a prefeito do Recife;
* Fernando Barros – deve perder em Salvador com o senador César Borges (PFL), candidato a prefeito.
Isso quer dizer que deixaram de ser bons marqueteiros? Não. Quer dizer apenas que os melhores marqueteiros não fazem milagres.
Duda Mendonça tirou Paulo Maluf (PP) da lama em 1990 quando ele disputou e perdeu o governo de São Paulo para Luiz Antônio Fleury (PMDB). Embora derrotado, Maluf saiu da campanha com uma boa imagem. Tinha entrado nela com uma péssima imagem.
Dali a dois anos, com a ajuda de Duda, Maluf se elegeu prefeito. E depois, Duda o ajudou a eleger Celso Pitta, de triste memória. Com Duda, Maluf perdeu em 1998 quando novamente concorreu ao governo.
Nizan ganhou com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) duas vezes para presidente da República – em 1994 e em 1998. Perdeu com José Serra (PSDB) para presidente em 2002. Mas a boa campanha que ele fez para Serra, há dois anos, está ajudando Serra, agora, a desbancar Marta – pelo menos por enquanto.
Quem ganha ou perde eleição é candidato. Marqueteiro ajuda. Pode ajudar muito. Ou atrapalhar.
(Publicado aqui em 18 de setembro de 2004)