Quanto custa ao país o julgamento suspenso de decretos sobre armas
O servilismo exemplar de um ministro do STF a Bolsonaro
atualizado
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Em setembro do ano passado, quando quatro dos seus colegas já haviam votado no todo ou em parte a favor de mudanças em decretos de Bolsonaro que facilitam o acesso de armas a civis, o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o julgamento com um pedido de vista.
Alegou que precisava se aprofundar mais sobre o assunto. Não disse quando pretende devolver o processo para que o julgamento seja retomado. Desde então, quase 270 mil novas armas foram parar nas mãos de brasileiros, média de 30 mil a cada mês, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.
Nomeado ministro por Bolsonaro, Nunes Marques é quem o faz ali mais feliz. Obedece a todas as suas ordens e zela por todos os seus interesses. Dispensa ser acionado por Bolsonaro. Toca de ouvido com ele. Depois dele, André Mendonça, terrivelmente evangélico, foi o segundo ministro nomeado por Bolsonaro.
Se reeleito, com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski e de Rosa Weber, Bolsonaro nomeará mais dois ministros. Contará com quatro votos de um total de 11. Mantido o apoio do Centrão, não se descarta a hipótese de mudança na Constituição para permitir a Bolsonaro se reeleger quantas vezes queira ou possa.