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PT, PSol e PC do B fecham os olhos à ação de Putin na Ucrânia

Até aqui, apenas nomes de peso do PSB condenaram a invasão sem meias palavras

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Governador do Maranhão, Flávio Dino
1 de 1 Governador do Maranhão, Flávio Dino - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Mais esperto do que Bolsonaro, o que convenhamos não é lá grande vantagem, Lula saiu na frente condenando a guerra na Ucrânia. Disse que o mundo não precisa de guerras, que as pessoas só têm a perder, e que conflitos devem ser resolvidos em mesas de negociações. Como ex-sindicalista, ele sabe disso.

Ao chegar, ontem, ao México, para um encontro com o presidente daquele país, postou uma mensagem no Twitter criticando a ONU por não ter conseguido evitar o que o mundo assiste assustado:

“As Nações Unidas precisam levar em conta que ela não tem mais a representatividade que tinha quando foi criada em 1948. A geografia do mundo mudou, é preciso pôr mais países a participar do Conselho de Segurança. Não podem ser apenas cinco países que participam desde a Segunda Guerra Mundial”.

Em seguida, aproveitou para dar uma estocada em Bolsonaro:

“Ele foi lá (na Rússia) e tentou passar para a sociedade que foi em missão. Ou seja, até hoje a gente não sabe o que ele foi fazer. Mas, de qualquer forma, essa questão da guerra é uma coisa delicada, é uma coisa complicada, que a gente não pode aceitar isso”.

Beleza! Mas sobre a invasão propriamente dita da Ucrânia, limitou-se a afirmar que Vladimir Putin tem que saber que “o povo não precisa de guerra”. Basta? Por que não condenou em termos duros o que Putin fez? Por que não se solidarizou com os ucranianos? Bolsonaro foi solidário com os russos.

O PSB foi o único partido brasileiro de esquerda onde nomes de peso condenaram até agora a invasão da Ucrânia. Para o governador Flávio Dino, do Maranhão, isso acontece “por causa da nossa formação anti-imperialista, mas é justamente em razão disso que devemos sustentar a autodeterminação dos povos”.

Na mesma linha, o deputado federal Marcelo Freixo, que deve ser o candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, disse em uma rede social que “a violação da soberania da Ucrânia tem que ser condenada por todos nós que defendemos a autodeterminação dos povos e a solução pacífica de conflitos”.

Os dirigentes do PT, PSol e PC do B preferem atribuir à expansão da Otan parte da responsabilidade pela situação que levou à ação militar comandada por Putin. É um erro feio deles.

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